ALAGOAS
Justiça revoga prisão de Ferreti, mas influenciador segue preso; entenda
Decisão foi tomada nesta quarta-feira pela 17ª Vara Criminal da CapitalA Justiça de Alagoas revogou, nesta quarta-feira, 22, a prisão preventiva de Kleverton Pinheiro de Oliveira, o Kel Ferreti. Apesar disso, ele continuará preso devido a outro processo em que é acusado de estupro. A decisão deferida no processo 8287213-50.2024.8.02.0001 foi tomada pela 17ª Vara Criminal da Capital.
A revogação da prisão preventiva foi acompanhada de medidas cautelares. Ferreti terá que comparecer mensalmente de forma virtual ao juízo e não poderá sair da comarca por mais de oito dias sem autorização. Além disso, fica proibido de se envolver em novos crimes.
O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) se manifestou contra a revogação da prisão, posicionando-se contra a decisão judicial. Apesar disso, a 17ª Vara Criminal da Capital confirmou a revogação da prisão preventiva e impôs as medidas restritivas mencionadas.
Além de Ferreti, a decisão também se estendeu ao influenciador digital Igor Campioni de Meneses, conhecido como Pai do Orgânico. Ele teve o monitoramento eletrônico retirado, mas ficou proibido de fazer publicidade de casas de apostas.
No processo que envolve a acusação de estupro, Ferreti teve uma nova derrota judicial na semana passada. O juiz do caso indeferiu o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa do influenciador.
Na decisão, o magistrado destacou que a ausência de novos elementos no processo impediu qualquer alteração na prisão preventiva. Segundo o juiz, a reiteração de pedidos de liberdade sem novidades no cenário fático não resultaria em modificação da decisão.
O caso
Conforme o Ministério Público, a vítima relatou que conheceu Ferreti em um grupo de apostas online, no qual ele atuava como gestor e oferecia incentivos financeiros aos participantes. Após conversas privadas com cunho sexual, ela aceitou encontrá-lo em uma pousada na capital alagoana.
A denúncia descreve que, durante o encontro, Ferreti teria agido com extrema violência, desferindo socos, tapas e mordidas, além de manter relação sexual sem consentimento efetivo e sem preservativo. A vítima, que é enfermeira, afirmou que tentou se afastar durante o ato, mas ficou em choque e temeu pela própria vida.
Dias após o ocorrido, a vítima registrou um Boletim de Ocorrência, buscou atendimento médico e apresentou as mensagens trocadas com Ferreti como parte do material probatório.
Além da acusação de estupro, Ferreti também foi indiciado por lesão corporal pela Polícia Civil de Alagoas e está preso desde o dia 4 de dezembro, quando foi alvo da operação Trapaça, que investiga crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
Durante a operação, o Ministério Público apreendeu um Porsche, cerca de R$ 20 mil em espécie, celulares e documentos, além de bloquear R$ 21 milhões em contas suspeitas e confiscar outros 10 veículos de luxo.