sequestro em novo lino

Testemunhas contradizem versão de mãe de recém-nascida: "Não vimos nada"

Polícia investiga contradições no depoimento da mãe de Ana Beatriz
Por Bruno Fernandes e José Fernando Martins 14/04/2025 - 10:18
Atualização: 14/04/2025 - 11:04
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Reprodução
Ana Beatriz completa neste sábado 16 dias de vida
Ana Beatriz completa neste sábado 16 dias de vida

A investigação sobre o sequestro da bebê Ana Beatriz Silva de Oliveira, de apenas 15 dias, ganhou novos contornos após a mãe da criança mudar a versão dos fatos em depoimento à Polícia Civil de Alagoas. O caso, que ocorreu na última sexta-feira, 11, na BR-101, em Novo Lino, continua sob sigilo, e a menina segue desaparecida.

Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, afirmou inicialmente que quatro pessoas – três homens e uma mulher – teriam levado a criança de seus braços enquanto ela aguardava o ônibus escolar com o filho mais velho, de cinco anos. O grupo teria fugido em um carro preto modelo Classic em direção a Pernambuco.

Contudo, em novo depoimento, a jovem apresentou uma versão completamente diferente. Segundo uma fonte ouvida pelo EXTRA, o alegado sequestro com abordagem de um veículo simplesmente não ocorreu.

"Não houve esse sequestro ali na beira da estrada, não houve essa mulher armada, não houve nada disso [...] As testemunhas disseram que em nenhum momento viram algo do que ela contou na primeira versão", revelou.

Ainda segundo informações repassadas ao EXTRA, o carro e toda a narrativa que o envolve são inexistentes. "Houve uma mudança na versão dos acontecimentos por parte dela, que agora apresenta um relato diferente sobre o ocorrido. As testemunhas ouvidas até o momento também afirmam que não viram ninguém com a criança".

"Especificamente, não viram a suposta mulher com a criança, tampouco um veículo abordando a vítima, e tampouco ouviram qualquer menção a alguém portando uma arma ou agindo de forma ameaçadora", acrescentou.

As investigações seguem sob responsabilidade da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DRACCO), que conta com apoio das forças estaduais e da Polícia de Pernambuco. Desde o início do caso, denúncias vêm sendo analisadas, mas, até o momento, nenhuma levou ao paradeiro da criança.

Um homem chegou a ser detido em Vitória de Santo Antão (PE) dirigindo um veículo com características semelhantes ao descrito na versão inicial da mãe. O carro possuía três placas diferentes, mas, após prestar depoimento, o suspeito foi liberado.

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