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Fraude fiscal em Alagoas causa prejuízo superior a R$ 19 milhões
Esquema envolvia empresas de alimentos com dívidas ativas de R$ 3,4 milhões
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) deflagrou, nesta quinta-feira, 16, a Operação Ceres, para investigar um esquema de fraudes fiscais e societárias que pode ter causado um prejuízo superior a R$ 19,4 milhões ao erário alagoano.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), as empresas envolvidas, do ramo atacadista de alimentos, atuavam em nome de “laranjas” e comercializavam principalmente farinha de trigo sem o recolhimento de impostos. Apenas as dívidas já inscritas em dívida ativa somam R$ 3.451.200,22, enquanto os valores em fase administrativa ultrapassam R$ 16 milhões.
As irregularidades foram detectadas pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz/AL), que encaminhou o caso ao MPAL. As investigações indicam que os sócios registrados não possuíam capacidade financeira compatível com as movimentações milionárias das empresas, o que reforça a suspeita de fraude fiscal estruturada.
Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão — oito contra pessoas físicas e cinco contra empresas — nas cidades de Maceió e Arapiraca, por determinação da 17ª Vara Criminal da Capital. A operação contou com o apoio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), da Secretaria de Segurança Pública (SSP), das Polícias Militar e Civil e da Polícia Científica.
O nome Ceres faz referência à deusa romana da agricultura, associada ao cultivo de cereais como o trigo — produto central no esquema investigado.