Justiça
Acusado de matar grávida é condenado a mais de 57 anos de prisão
Crime foi praticado em Olivença, município sertanejo de Alagoas
Há quase cinco anos moradores do município de Olivença, no sertão de Alagoas, foram abalados com o crime que vitimou fatalmente Márcia Maria de Freitas, à época com 23 anos e grávida de oito meses, e Igor Soares da Silva. Na quarta-feira, 15, com a atuação do Ministério Público de Alagoas (MPAL) que teve à frente o promotor de Justiça Thiago Riff, o réu José Edivan Silva Souza foi condenado a 57 anos, 10 meses e 22 dias de reclusão, em regime fechado, por homicídio qualificado.
O júri aconteceu na cidade de Santana do Ipanema. Com as penas individualizadas, Edivan foi sentenciado com 24 anos e seis meses de prisão pela morte de Igor Soares. Já pelo assassinato de Márcia Maria, os anos aumentaram perfazendo 28 anos, 10 meses e 15 dias.
Os jurados levaram em consideração que Márcia Maria estava grávida e ao réu também foi atribuída a pena de quatro anos, seis meses e sete dias de prisão pela provocação do aborto por terceiro(ou morte) do bebê.
“Ao Ministério Público cabe promover a justiça fazendo com que pessoas que infringem as leis, cometem ações criminosas, principalmente contra a vida, paguem por elas. A mulher, além de tudo, estava grávida, a criança não teve o direito de nascer, então foram três vidas ceifadas e, com o resultado do júri, demos mais uma resposta à sociedade”, declara o promotor Thiago Riff.
Em outubro de 2020, as vítimas estavam reunidas em uma casa situada à Rua Professor José Correia Bulhões, no bairro Cohab, em Olivença, quando foram surpreendidas com tiros. Igor Soares da Silva (26 anos) morreu no local, enquanto Márcia Maria de Freitas ainda foi socorrida e levada para o Hospital de Emergência do Agreste (HEA) indo a óbito pouco tempo depois. Ela foi atingida por tiros na perna, na cabeça e no abdômen.