ILHA DE MARAJÓ

Ilha de Marajó: saiba onde fica local citado em caso de exploração infantil

A Ilha é um arquipélago, banhado pelos rios Amazonas e Tocantins e pelo Oceano Atlântico
Por Redação 21/02/2024 - 21:53

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ilha de Marajó é reconhecida como a maior ilha fluviomarítima do mundo
Ilha de Marajó é reconhecida como a maior ilha fluviomarítima do mundo

A Ilha de Marajó, localizada no norte do estado do Pará, na região Norte do Brasil, ganhou destaque novamente nesta semana pelos casos de exploração infantil, denunciados desta vez pela cantora gospel Aymeê em sua música "Evangelho de Fariseus".

A canção abordou as explorações sexuais de crianças na Ilha do Marajó, no Pará, trazendo novamente o destaque sobre essa questão sensível.

Mas a final, onde fica a Ilha?

A Ilha de Marajó fica localizada no norte do estado do Pará e é delimitada por rios que a separam da capital, Belém, ao sudeste, e do estado do Amapá, ao noroeste. 

É reconhecida como a maior ilha fluviomarítima do mundo e possui uma extensão de quase 50 mil km², equivalente ao tamanho de países europeus como Bélgica e Suíça.

O arquipélago é composto por mais de 2 mil ilhas e ilhotas entre os rios e o mar, sendo quatro delas as principais, destacando-se a Ilha de Marajó. Além disso, há outras ilhas significativas como a Ilha Mexiana, Ilha Caviana e Ilha Grande do Gurupá.

Com 12 municípios apenas na Ilha de Marajó, a vastidão do território desmente a percepção de uma pequena vila subdesenvolvida. A população estimada ultrapassa 500 mil habitantes.

Caso de exploração infantil

Apesar do ressurgimento recente, as acusações de pedofilia e exploração sexual infantil na Ilha do Marajó não são novas. Em 2006, uma investigação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados já havia sido iniciada sobre o assunto. Documentos da época revelaram o envolvimento de políticos locais nos casos, com aliciadores levando meninas para prostituição em Belém e, posteriormente, na Guiana Francesa.

Em 8 de outubro de 2022, a então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, abordou o tema durante um culto evangélico. Sem apresentar evidências, ela mencionou que crianças na região teriam dentes removidos para facilitar abusos sexuais.

Autoridades do Pará, incluindo o Ministério Público, solicitaram provas, mas estas não foram fornecidas. Posteriormente, 19 procuradores da República solicitaram uma ação civil pública contra Damares.

Conforme a ação, a senadora e a União foram solicitadas a indenizar a população do Arquipélago de Marajó (PA) em R$5 milhões por disseminação de informações falsas sobre a região. Conforme o Ministério Público Federal, Damares Alves teria buscado utilizar essa narrativa para beneficiar a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Atualmente, a Ilha do Marajó recebe assistência do Programa Cidadania Marajó, implementado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Este programa visa combater a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes na região.


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