a força feminina das águas
Afoxé Odô Iyá estreia espetáculo gratuito em homenagem às orixás femininas
Show “Iyabá Omi Axé” irá celebrar o mês das mulheres e enaltecer a cultura afro-brasileira em Maceió
Por Allan Barros / Estagiário sob supervisão
06/03/2023 - 19:02
Atualização: 06/03/2023 - 19:10
Amaurício de Jesus
Entre cores, feminilidade e encantos, o “Iyabá Omi Axé - A força feminina das águas” chega ao palco do Teatro Deodoro, Centro de Maceió, na sexta-feira, 17, às 19h. De forma gratuita, com música, dança e muita ancestralidade, o segundo espetáculo do Afoxé Odô Iyá traz para o público uma homenagem às divindades femininas cultuadas pelas tradições de matriz africana.
De acordo com diretor artístico do Afoxé Odô Iyá, Amaurício de Jesus, mostrar para o público o espetáculo ‘Iyabá Omi Axé’ é mais uma forma de perpetuar o legado ancestral das mulheres que lutaram para manter viva a tradição afro-brasileira.
“O Odô Iyá é um grupo que tem Iemanjá como grande protetora, ele surgiu dentro de uma casa que tem Iemanjá como matriarca. Fazer um espetáculo que fala sobre o poder feminino, de Iemanjá e sobre o nosso líquido precioso, é falar sobre nossas raízes, nossa história”.
Vivendo a euforia de dançar mais uma vez no Teatro Deodoro, após a pandemia, a jovem Eduarda é uma das componentes do grupo e está vivendo a euforia de dançar mais uma vez no Teatro Deodoro. “A gente ensaiou três vezes na semana, durante horas, estamos todos muito nervosos e felizes”, contou ela.
Com apenas 8 anos, esse será o primeiro grande espetáculo do percussionista Thauan Gabriel, que está presente no grupo desde a barriga da mãe. Ele participando de shows desde os 2 anos, quando deu seus primeiros passos dentro do mundo da música.
Quebrando paradigmas
Criado em 2000 no bairro da Ponta da Terra, dentro do Núcleo de Cultura Afrobrasileira Iyá Ogun-té (Casa de Iemanjá), o Afoxé Odô Iyá surgiu após uma inquietação do babalorixá Célio Rodrigues. O sacerdote sentia falta de ter manifestações culturais alagoanas que representassem todo o povo de terreiro.
“O Afoxé surge para quebrar paradigmas. Além de tirar os jovens da ociosidade, dos perigos das ruas, nós proporcionamos oportunidades deles se encontrarem no mundo artístico e cultural”, destacou Pai Célio, fundador do Afoxé Odô Iyá.
Há mais de dez anos participando do grupo, Lucélia Tayná é uma das jovens que sentiram de perto a transformação citada por Pai Célio. Graduanda em Licenciatura em Dança pela Universidade Federal de Alagoas, a artista se descobriu dançarina e turbanteira dentro do Afoxé Odô Iyá, passando a ter uma nova visão de mundo.
“Se hoje sou profissional é por conta da minha vivência sendo integrante do grupo”, pontuou Lucélia.
Mais informações
Mais informações sobre o espetáculo e sobre o Afoxé Odô Iyá, podem ser encontradas em: @afoxeodoiya_
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