JUSTIÇA

Homem que matou sogra e guardou corpo em geladeira é condenado em Maceió

Leandro dos Santos cumprirá mais de 31 anos de prisão; pai foi absolvido
Por Redação 20/10/2025 - 19:16
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Divulgação
Leandro dos Santos Araújo foi condenado por matar e ocultar o corpo da sogra
Leandro dos Santos Araújo foi condenado por matar e ocultar o corpo da sogra

O Tribunal do Júri da Capital condenou, nesta segunda-feira, 20, Leandro dos Santos Araújo, de 23 anos, a 31 anos, cinco meses e cinco dias de prisão em regime fechado pelo assassinato de Flávia dos Santos Carneiros, sua sogra. O crime aconteceu em março de 2024, quando o corpo da vítima foi encontrado dentro de uma geladeira abandonada em uma área de mata no bairro Guaxuma, em Maceió.

O julgamento ocorreu no Fórum da Capital e durou todo o dia. Leandro foi condenado por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e feminicídio, além de ocultação de cadáver. O pai dele, Ademir da Silva Araújo, que também estava no banco dos réus, foi absolvido após o conselho de sentença entender que ele agiu apenas para ajudar o filho após o crime.

Segundo as investigações, Flávia recebeu cerca de 20 facadas, a maioria no pescoço, e tentou se defender dos golpes desferidos por Leandro, que namorava sua filha adolescente. O corpo permaneceu por quatro dias dentro da geladeira na casa onde o crime foi cometido antes de ser descartado em uma área de vegetação.

A policial civil Vanessa Queiroz, da Oplit, relatou em depoimento que a equipe foi acionada após denúncia de que um eletrodoméstico abandonado poderia conter um corpo. “A geladeira estava lacrada e, ao verificar, confirmamos que havia o corpo de uma mulher dentro”, afirmou.

O caso foi descoberto após a apreensão da filha da vítima, que na época tinha 13 anos e acabou confessando participação no crime. O pai de Leandro admitiu ter ajudado o filho a transportar e descartar o refrigerador, mas negou envolvimento direto no assassinato.

Durante o julgamento, Leandro tentou justificar o crime alegando legítima defesa, dizendo que foi “possuído por uma entidade” após ser incentivado pela namorada a matar a mãe dela. O promotor de Justiça Marcus Mousinho, da 49ª Promotoria de Justiça da Capital, sustentou a tese de homicídio qualificado, destacando a crueldade e a frieza do crime.

Com a decisão, Leandro dos Santos Araújo permanecerá preso e deverá cumprir a pena em regime fechado. Já o pai, Ademir da Silva Araújo, deixou o julgamento em liberdade, após ser absolvido pelo júri popular.

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