INVESTIGAÇÃO
CVM pede mais tempo à CPI para apresentar processos sobre a Braskem
Autarquia deve entregar informações sobre todas as apurações envolvendo a empresaA Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia responsável por zelar pelo funcionamento do mercado de capitais, pediu à CPI da Braskem para aumentar para dez dias úteis o prazo para a entrega de todos os processos existentes na CVM referentes a apurações envolvendo a Braskem. A informação é do blog do Lauro Jardim, dO Globo.
Inicialmente, a autarquia havia recebido o prazo de cinco dias úteis. A CPI quer todos os documentos, especialmente aqueles contendo operações em Alagoas, onde senadores vão investigar o caso do afundamento de cinco bairros de Maceió.
A CPI da Braskem faz reunião nesta terça-feira, 5, às 9h, para ouvir três depoentes. Um deles é o engenheiro civil Abel Galindo Marques, professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas. Carvalho aponta que Abel Galindo foi um dos primeiros profissionais a alertar sobre possibilidade de desabamento do teto de uma das minas escavadas pela Braskem para lavra de sal-gema em Maceió.
A CPI da Braskem também vai ouvir o ativista José Geraldo Marques, doutor em ecologia. De acordo com Rogério Carvalho, Marques é uma das vítimas da evacuação dos bairros atingidos pela mineração da Braskem. Ele teria sofrido pressões e ameaças por se opor à instalação da empresa Salgema, anterior à Braskem, e enfrentado muitas reações por criticar a decisão do governo da época pela implantação da indústria.
José Geraldo e Abel Galindo são autores do livro Rasgando a Cortina de Silêncios: o lado B da exploração de sal-gema em Maceió. O livro é um roteiro sobre a tragédia, aponta os erros e até soluções para parte do problema.
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