A Federação formada por PP e União Brasil trabalha para estruturar uma das principais chapas na disputa por vagas na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) nas eleições de 2026. A articulação tem como objetivo manter a atual bancada de sete deputados estaduais e compensar a saída de nomes que tiveram votação expressiva no último pleito, além de atrair novos quadros com potencial eleitoral.

Na eleição de 2022, o PP elegeu quatro deputados estaduais com um total de 242.341 votos, o equivalente a 14,51% dos votos válidos. Garantiram mandato Fernando Pereira, Rose Davino, Francisco Tenório e Gabi Gonçalves. Para o próximo pleito, porém, parte da base que contribuiu para esse desempenho não deve permanecer na legenda. Entre os suplentes mais votados, apenas o delegado Thiago Prado tende a disputar novamente pelo partido, enquanto outros nomes não devem integrar a chapa.

Situação semelhante ocorre no União Brasil. Em 2022, a legenda somou 201.905 votos (12,09%) e elegeu Delegado Leonam, Lelo Maia e Mesaque Padilha. Para 2026, Lelo Maia não deve compor a nominata, e suplentes bem posicionados na última eleição também devem concorrer por outras siglas ou optar por não disputar o pleito.

Diante desse cenário, a federação avalia estratégias para recompor seu peso eleitoral. Entre as possibilidades em discussão estão a filiação de um deputado estadual atualmente no Republicanos e a eventual entrada da deputada estadual Fátima Canuto, hoje no MDB, além da prefeita de Atalaia, Ceci Hermann, também filiada ao MDB. As articulações, no entanto, ainda não foram oficialmente confirmadas.

Internamente, a avaliação é de que, mesmo com as baixas em relação a 2022, a Federação PP–União poderá montar uma chapa capaz de disputar entre cinco e seis cadeiras na ALE, com chance de alcançar até sete vagas, a depender do desenho final da nominata e do desempenho eleitoral no próximo ano.