colunista

Roberto Baia

Formado em Jornalismo pela UFAL em 1987, também é radialista. Trabalhou nos extintos Jornal de Alagoas e Tribuna de Alagoas.

Conteúdo Opinativo

Ronda no Bairro

11/10/2025 - 06:00
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Na última quarta-feira, 8, o vice-governador Ronaldo Lessa confirmou que o programa Ronda no Bairro será implantado no centro de Arapiraca. A iniciativa atende a pedidos de lojistas da região, preocupados com a segurança, principalmente com a aproximação das festas de fim de ano, período em que o movimento aumenta e há maior incidência de furtos e assaltos.

Cidade contemplada


Lessa destacou que a implantação do programa é uma prioridade do governo estadual, embora questões financeiras tenham impedido o início da ação no começo do ano. Arapiraca está entre as cidades beneficiadas para reforçar a proteção da população e dos comerciantes.

Segurança reforçada


O Ronda no Bairro prevê a presença constante da Polícia Militar em áreas de grande circulação, com o objetivo de prevenir crimes e aumentar a sensação de segurança. A medida deve beneficiar moradores, trabalhadores e frequentadores do centro, garantindo proteção, redução de ocorrências e mais tranquilidade para todos.

Polêmica em Palmeira


Uma declaração do ex-deputado estadual Edval Gaia Filho gerou revolta em Palmeira dos Índios. Proprietário de terras em área indígena demarcada, ele defendeu que a cidade mude de nome, afirmando que “o nome só tem nos atrapalhado” e sugerindo que a Assembleia Legislativa retire oficialmente a denominação histórica do município. A fala provocou repercussão imediata e indignação entre lideranças locais e a sociedade civil.

Memória e cultura

O nome Palmeira dos Índios carrega séculos de vínculo com os povos originários e é reconhecido oficialmente como parte da história do município. Historiadores, lideranças indígenas e representantes culturais criticaram duramente a proposta, considerando-a um ato de apagamento cultural. Escritores como Graciliano Ramos, que foi prefeito da cidade, registraram em seus textos a importância dessa herança, reforçando a relevância de preservar a identidade histórica do local.

Homologação de terras


A declaração ocorre em meio à homologação das terras indígenas Xucuru-Kariri, considerada irreversível pela Funai, e que impacta agricultores e comunidades locais. Analistas políticos avaliam que Gaia busca retomar espaço público após sucessivas derrotas eleitorais, usando declarações polêmicas para atrair atenção, sem apresentar soluções concretas para os problemas do município. Organizações civis e lideranças indígenas seguem mobilizadas em defesa do nome e da memória histórica de Palmeira dos Índios.

Prefeitura investigada


O Ministério Público de Alagoas (MPAL) iniciou investigação sobre a Prefeitura de Coité do Nóia devido a suspeitas de irregularidades na contratação de ônibus para transportar romeiros a Juazeiro do Norte, no Ceará. O processo licitatório previa a locação de até 22 veículos, totalizando 110 diárias, mas agora é questionado por possíveis falhas na habilitação das empresas vencedoras e descumprimento de exigências do edital, o que pode comprometer a lisura do certame.

Negou as acusações


Concorrentes apontaram documentos incompletos, balanços patrimoniais irregulares e suspeita de subcontratação total, prática proibida pelo edital, além de inconsistências nos endereços e atestados técnicos. A prefeitura nega qualquer irregularidade, mas caso sejam confirmadas falhas, tanto a administração quanto as empresas envolvidas podem ser responsabilizadas, enquanto os romeiros aguardam a viagem de forma segura e organizada.

Alerta importante


A Secretaria Municipal de Saúde de Arapiraca emitiu um alerta epidemiológico após a confirmação de três casos graves relacionados a procedimentos estéticos irregulares realizados em residências. As pacientes precisaram de internação hospitalar e passaram por cirurgias para remoção das substâncias aplicadas por uma profissional com registro suspenso pelo Conselho Regional de Odontologia de Alagoas.

Substâncias perigosas


As aplicações envolveram materiais não autorizados, incluindo uma substância vendida como PMMA e outra não identificada, com volumes que chegaram a 500 mililitros. Os sintomas surgiram em menos de 24 horas, apresentando febre, dor intensa, vermelhidão e sensação de queimação, indicando risco sério à saúde das vítimas.

Procedimentos irregulares


A Secretaria reforça que procedimentos feitos em residências, salões improvisados ou locais sem alvará sanitário oferecem perigo grave e podem configurar crime contra a saúde pública. A população é orientada a verificar sempre a legalidade e qualificação dos profissionais. Denúncias podem ser feitas à Ouvidoria Municipal de Arapiraca pelos números 0800 282 3331 ou (82) 3521-1064, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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