Pausa para meditação
O Brasil só começa a funcionar normalmente após o Carnaval. Em dezembro são as festas natalinas, a vinda do Papai Noel. Janeiro, mês de férias, cidades cheias de turistas. Fevereiro e março trazem as prévias carnavalescas e o próprio Carnaval. Não adianta desencavar processos, ou cuidar de tratamento médico. É preciso deixar passar o período de Momo. Aí começam os planos para o novo ano.
Em 2025, teremos eleições para o “Velho Sindicato” dos Trabalhadores do Poder Legislativo. Uma suposta chapa de oposição se apresenta com componentes quase velhos, oriundos do grupo de situação da nossa entidade sindical. A primeira atitude foi atacar uma companheira que estava no leito de morte. Não deu certo. No momento, criticam os idosos e acham que farão um novo sindicato. Esperemos.
E a vida continua! Precisamos avançar no nosso dia a dia. Marcar médicos para exames, esperar que tudo esteja bem. Se não, começar outra luta. Tudo nas mãos de Deus. Sempre foi assim, e vai continuar sendo. Durante os 4 dias de folia os foliões só pensam mesmo em cair no frevo, samba e axé, esquecendo o que podem a qualquer momento ser assaltados, sequestrados e ter que deixar tudo. Ter coragem é necessário! Não desanimar. Lutar é preciso!
Este ano já começou com mortes. Perdemos Zilneide Lages e Clotildes Morais, colegas queridas do Legislativo. Uma com 58 anos, quase idosa, deixou uma filha de dezoito anos. Nossa amiga Zil. A outra, idosa de oitenta mais, foi diretora Financeira da Assembleia Legislativa. Mulher forte, criou seus filhos com amor e carinho. Deixou na terra um legado de boas lembranças. Deus as tenha em um bom lugar.
Gostaria de dizer para o mundo inteiro que a Mesa Diretora do Legislativo mudou o comportamento. Infelizmente, “tudo continua como antes no Quartel de Abrantes”: nada de férias regulares; promoções só para apadrinhados. Atualmente, por lá só existe um procurador efetivo e um comissionado, isto é, há vagas. Falar em concurso público é proibido!
O “Velho Sindicato” continua pleiteando reajustes normais que cubram a inflação, mas o presidente não entende a luta dos servidores por salários dignos. Só concede ínfimos reajustes que não permitem nem pagar o plano de saúde.
O Brasil vive um período difícil. O reajuste do salário mínimo foi ridículo. A inflação sobe, mas o governo mente. O abacate virou fruta de rico. O café ficou muito caro! Sem falar nos outros produtos cujos preços subiram demais.
Com a queda da popularidade de Lula, começou a briga pelos ministérios. Um exemplo negativo é a troca da atual ministra da Saúde, que vinha fazendo um bom trabalho. Um desastre! Depois das pesquisas, o presidente resolveu viajar por vários estados, falando ao povo pobre. Infelizmente, o resultado não tem sido bom.
A novidade atual é prender o Bolsonaro e família, acusando-os de um golpe que não existiu. Ele deve passar por tudo que o Lula passou quando foi preso. É a velha disputa da direita com a esquerda!
O que mais me surpreende é o tratamento que o governo federal dá às Forças Armadas. Parece que elas inexistem! Salários baixos, um plano de saúde capenga e os seguros encolhendo. Faltam verbas para tudo. Quando as autoridades constituídas precisarem delas, nada encontrarão. Lembro-me que no primeiro governo do PT, o presidente chamou os generais do Exército numa solenidade de “generais sem pólvora”. Ele está conseguindo fazer isso.
E Alagoas como vai? Por mais que lute, o governador Paulo Dantas não consegue chegar aos pés de Renan Filho. Muita propaganda e pouca ação. Paga em dia o funcionalismo e só.
A Prefeitura de Maceió vai bem. O JHC mudou a cara da cidade e deve ser o próximo governador. Para que ele tire nota 10, só falta concluir as obras de despoluição do Riacho Salgadinho. Estamos aguardando.
Amigos e amigas, essa é a situação que vivemos no Brasil, em Alagoas e em Maceió. Nossa esperança é que tudo melhore depois do Carnaval. Até mesmo no Poder Legislativo.
Deus existe. Não duvidem!
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA