colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Lula decreta sua derrota em 2026

01/12/2024 - 06:00
Atualização: 29/11/2024 - 19:19

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Como sempre acontece nos governos petistas quando se trata de tentar ajustar as contas públicas, a montanha – novamente – pariu um ratinho anão incapaz de sobreviver se não às custas de mais inflação, mais juros altos, mais dólar nas alturas, desvalorização do real, desaceleração da economia e menos credibilidade do mercado. São estas as consequências diretas que irão ocorrer ao longo do resto do Governo Lula, fruto dos movimentos consequentes ao arremedo de anúncio do “ajuste” (sic) do governo nas suas contas na quarta-feira, pelo ministro da Fazenda.

Mais uma vez Lula e o PT levarão este país à crise infinda da qual não se liberta nunca, na qual os vermelhos são especialistas em piorar as coisas. Sempre. O país à espera de uma reforma tributária que acabe com o manicômio tributário que só suga a energia vital da Nação para o sumidouro do governo e aí que Lula e Cia saem com mais uma proposta de isenções!

Para tentar enganar a plebe, a piroquinha exposta propõe isentar o IR para quem ganha menos de 5 mil reais. Uma medida até elogiável, se junto com ela o governo apontasse para cortes relevantes nas suas despesas demonstrando estar disposto a cortar na carne para evitar a grave crise que está se contratando com esse pacote mequetrefe de quarta-feira.

Mas qual o que! Sai um pacote anêmico e nenhuma intensidade que não agradou a ninguém e que ainda corre o alto risco provável de o Congresso, ao votá-lo, retirar as poucas coisas boas que ele propõe e pesar a mão nas piores que lá estão. Da turma de lobistas que comanda aquelas duas casas é o que se espera.

Dizia-se na França do começo do século XIX que os políticos do “ancien régime” não tinham entendido os erros do passado nem as contingências do presente. O Governo Lula é a expressão perfeita do “ancien régime” na política brasileira. Finge não entender que a armadilha fiscal na qual ele enfiou o seu governo é de sua total responsabilidade. Seu pacote de início do terceiro governo foi isso: garantir que as despesas crescessem sempre mais que a receita. Diria incompetentes, mas esses que aí estão são muito mais que isso. Precisam ser punidos politicamente.

E o pior é que sua aposta política de que mais gastos viria lhe garantir popularidade deu com os burros n’água: quase 65% da Nação não o apoia. Tendência que vai crescer no pós-micro pacote dessa semana.

Lula, todos sabem, é um irresponsável, sua aposta de que é Deus, seu ego maior que o do planeta e o bando de incompetentes petistas ao seu redor, o seu “núcleo duro”, formam o caldo de cultura do qual limão travoso é doce. Vivem de fake news, de desejos sonháticos irrealizáveis, vão acordar com as urnas de 2026 dando-lhes uma tremenda banana. Mas fatos impõem-se sempre aos desejos.

Anotem aí.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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