A luta continua!
Estamos chegando ao final do ano de 2024, encaminhando-nos, portanto, para o oitavo ano pós tsunami geológico provocado pela Braskem em Maceió. Já se passaram sete anos e meio do mega desastre e nada foi feito até hoje para criminalizar a empresa e fazê-la pagar aos 140 mil credores (que ele diz serem 55 mil) enganados por ela.
O que nos faz parecer estarmos assistindo ao mesmo filme distópico, entra ano sai ano. Os mesmos personagens asquerosos, as mesmas historinhas mentirosas contadas por todos eles e que se juntam as fakes news da empresa sobre o quanto ela se preocupa com as vítimas e com a cidade (sic!). O mesmo enredo. Sempre. Apenas cada vez mais opressivo, totalitário e, ostensivamente corrupto onde apenas a multinacional é beneficiária e o resto, bem, é o resto!
O mundo inteiro sabe e a mídia (mesmo pressionada pela grana dos anúncios graciosos que a Braskem mantem para sufocar a verdade vinda das vítimas, dos afetados) tem dado o destaque possível às maquinações da multinacional. Enquanto que calados, silentes, os políticos de vez em quando ameaçam um arreglo para que seus “agrados” aumentem.
O silêncio sepulcral dos políticos alagoanos em relação ao caso Braskem é acintoso, covarde. As saídas pela tangente de autoridades dos três níveis de governo ao se eximirem anômica e descaradamente, é uma vergonha.
As tenebrosas transações realizadas pela empresa sempre beirando o limite da legalidade ou mesmo transgredindo-a, como a aquisição irregular dos imóveis dos afetados, fazem parte da paisagem plúmbea controlada por ela para sufocar, qualquer reação contra seus interesses e oprimir as vitimas indefessas da sua sanha com o beneplácito das autoridades.
Como dizer que isso é uma vergonha para quem não tem vergonha?! E a conclusão é sempre a mesma: às vitimas, oh!, uma banana!!! O verão chegou, o natal chega logo e o novo ano se aproxima a passos acelerados. O que não muda é status quo do Caso Braskem.
As evidências verificadas nos últimos anos não trazem grandes esperanças. Ainda assim, nossa solidariedade às famílias das mais de duas dezenas de pessoas que viram suas vidas ceifadas. Nosso carinho àqueles que tiveram suas casas invadidas de madrugada e foram obrigados a delas saírem para sempre (sem nada justificasse tal absurdo), nosso apoio, sempre, às 140 mil vítimas da Braskem em Alagoas.
A luta continua!
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA