colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Lula: o retorno do retrocesso

18/10/2025 - 06:00
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Lula venceu a eleição por uma margem apertada, pouco mais de 1%, e não foi por mérito próprio. Foi a rejeição ao bolsonarismo que o empurrou para o Planalto. A maioria dos eleitores que o escolheram o fez com repulsa, tampando o nariz diante do cheiro de escândalos que o cercam desde sempre. Prometeu um governo plural, moderado, diferente dos anteriores. Mentiu.
No dia seguinte à vitória, já se vangloriava como se tivesse recebido um mandato absoluto. Ignorou o recado das urnas e mergulhou de cabeça na velha cartilha petista: populismo fiscal, aparelhamento do Estado e alianças ideológicas que envergonham o país. A irresponsabilidade econômica virou lema. “Gasto é vida”, bradou, enquanto o rombo nas contas públicas crescia e os juros disparavam.

No cenário internacional, virou piada. Tentou se vender como mediador de conflitos globais, mas só colecionou gafes. Defendeu ditaduras como Venezuela e Cuba, ignorando violações de direitos humanos. Aproximou-se da China e da Rússia sem contrapartida estratégica, apenas para posar de líder global. Resultado? Isolamento diplomático e descrédito.

Internamente, o caos se instalou. Em 2024, o Brasil bateu recordes negativos: mais de 6 milhões de casos de dengue, aumento das queimadas, alta do dólar e queda na popularidade presidencial. A “taxa das blusinhas”, criada por seu governo, virou símbolo da insensatez tributária. O escândalo do INSS, com quadrilhas roubando aposentados, foi ignorado. E a farra das emendas parlamentares segue firme, com Lula fingindo que não vê.

A primeira-dama, Janja, ganhou poderes de Estado sem ter sido eleita. Opina em decisões estratégicas, participa de agendas oficiais e interfere em nomeações. Um governo paralelo, guiado por vaidades e ideologia. E como se não bastasse, Lula ainda tem a audácia de dizer que já está reeleito, como se o povo fosse refém eterno de sua empáfia.

Outras saídas de tom incluem sua defesa do processo eleitoral viciado na Venezuela, dizendo que “não tem nada de anormal” na vitória de Maduro, sem dados oficiais. Também minimizou tragédias locais com declarações insensíveis, como quando falou sobre enchentes e mortes com frieza.

Lula não representa renovação. Representa o atraso, o cinismo, o desrespeito à inteligência do eleitor. Se a direita quiser vencê-lo, precisa abandonar o extremismo e apresentar um projeto sério, viável e honesto. Porque Lula só se sustenta quando o adversário é pior que ele.

O Brasil merece mais. E Lula, definitivamente, merece menos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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