Jornalista, escritor, colunista do Jornal Extra, Tribuna do Sertão e presidente do Instituto Cidadão.

Conteúdo Opinativo

Eu não acredito

19/07/2025 - 06:00
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Muito tem se falado em acordão, acordinho e acordaço, na engenharia política alagoana, para as próximas eleições. Misturou-se jacaré com cobra d’agua, raposas com galinhas, tudo em nome de uma aliança que tem nome e sobrenome: “medo recíproco”. Esconderam-se os ódios e o ranger de dentes em busca do objetivo comum, não perder o poder. O tempo é senhor da razão e esse tempo dirá se estou certo. Até quando os principais atores do circo, suportarão os egos inflados, a distonia natural da “convivência” e até a “facada nas costas”? Tenho mais de cinquenta anos comentando a política alagoana, conheço todos, uns mais, outros menos. Vou arriscar um palpite, isso não vai acabar bem.

Made in Brasil


Tocada pelo ministro Gilmar Mendes, uma investigação sobre desvios de emendas parlamentares no Ceará, ao que parece, vai além de um simples caso de corrupção política, se misturando com interesses de facções criminosas. A PF vai vasculhar sigilos bancários em busca de quanto girou de dinheiro público nas engrenagens do crime organizado. O esquema de desvio de emendas envolvendo prefeitos e deputados não é novo. Foi flagrado em diferentes estados e pode indicar um método nacional de corrupção. Com certeza não é “made in Ceará”, diz Mendes.

Conheço, de vista


Da Casa Branca vazou para a imprensa que o gesto do presidente Donald Trump, em relação às tarifas impostas a produtos brasileiros, pesaram muito ruim internamente, mas o anúncio de sua proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro pegou pessimamente. Congressistas democratas se apressaram em abordar o chefe da nação americana em relação ao deplorável conceito do brasileiro na comunidade internacional e sua condição de réu em vários processos na Justiça, com provas concretas de ações contra a democracia. Trump já deu uma guinada e disse que não é amigo de Bolsonaro ou sua família.

Um malucoide


Que maldade fizeram com o bananinha, Eduardo Bolsonaro. O pessoal da madame Michelle fez chegar aos seus ouvidos que ele poderia ser uma opção caso confirmada a provável condenação do pai, como candidato a presidente. O cara surtou e já se vê com a “faixa no peito”. Covarde, fugiu para não ser preso e ainda disse que só voltará ao Brasil quando o ministro Alexandre de Moraes for afastado. Vai ficar por lá “Ad aeternum”.

É coisa nossa


Não adianta mesmo, a corrupção não foi inventada aqui, mas é coisa muito nossa. Correm soltas as notícias de esquemas criminosos de alta periculosidade na organização da COP 30, em Belém. Superfaturamento, compras sem licitações, negociatas rendendo milhões. “A COP 30 virou balcão de negócios sujos das corporações. Se fosse passaria vergonha e raiva”, disse Ailton Krenak, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras.

APALCA, Ano Jubilar


Ricardo Ramos Filho, neto do renomado escritor Graciliano Ramos e presidente da União Brasileira de Escritores, prestou homenagem à Academia Palmeirense de Letras, que celebra 25 anos de sua fundação. “Essa instituição literária é um orgulho para a cultura local, promovendo a arte, a literatura e a educação. O Ano Jubilar é um marco importante simbolizando anos de dedicação e contribuição para o enriquecimento da cultura da região”.

Isnaldo Bulhões


Quando o ministro Alexandre de Moraes determinou que voltava a valer o decreto do governo federal que aumentou as alíquotas de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), uma das primeiras vozes ouvidas no Congresso foi do deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), que falou em “decisão acertada”. “O ministro tirou o que era incorreto e manteve o que era certo. Não se trata de uma derrota do Congresso, porque era um pedido pela melhor solução”. Coerente.

Ministro bem na fita


O ministro dos Transportes, senador Renan Filho, foi o único auxiliar de Lula que teve o nome pontuado na avaliação espontânea da Paraná Pesquisa, feita na semana passada em São Paulo, para a Presidência da República. O fato chamou a atenção e foi comentado no Palácio do Planalto. Com estrela ascendente, quem sabe teremos um candidato alagoano em disputa nacional. Tem estrada, competência provada e destino.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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