Jornalista, escritor, colunista do Jornal Extra, Tribuna do Sertão e presidente do Instituto Cidadão.

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15/11/2025 - 06:00
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Enquanto existir um bolsonarista disposto a abrir a carteira, nunca faltará dinheiro para pagar advogados de luxo ao ex-presidente e sua trupe. As famosas “vaquinhas” digitais arrecadam milhões, numa mistura perigosa de fanatismo político, lavagem de imagem e financiamento indireto do fascismo moderno. Cada centavo serve para tentar blindar crimes, atacar a democracia e transformar réus em mártires de uma causa delirante. E assim seguem, alimentando a engrenagem da impunidade.

Fim dos idiotas


A China passou a exigir diplomas universitários de influenciadores que falem sobre medicina, direito, educação ou finanças. A medida tem como meta combater a desinformação e profissionalizar o conteúdo online. Apenas pessoas ligadas a instituições médicas, educacionais ou de pesquisa poderão compartilhar informações consideradas profissionais. O objetivo é proteger o público e garantir conteúdos baseados em conhecimento real. No Brasil, os idiotas “influenciadores” continuam atuando sem regras.

Ninguém quer


Jair Bolsonaro corre o risco de se tornar o preso mais “indesejado” do país. Os militares não querem abrigá-lo, a Polícia Federal não o quer sob custódia, e até a direção da Papuda prefere distância. Ironicamente, foi com a facada que ganhou a eleição e agora tenta usar a mesma narrativa para permanecer em casa. Mas há um detalhe que pode atravessar seus planos: o ministro Alexandre de Moraes quer vê-lo atrás das grades. O roteiro pode ser trágico para quem acreditava estar acima da lei.

O roadshow do ministro


O ministro Renan Filho tornou-se, disparado, o membro do governo com maior visibilidade na COP 30. Teve uma ideia ousada e inteligente: fazer o percurso Brasília–Belém por via terrestre, acompanhado por sua equipe, entregando obras, fiscalizando estradas, pontes e anunciando soluções. O roadshow virou vitrine. Quando chegou à capital paraense, era o centro das atenções, o presidente Lula quis cumprimentá-lo, a imprensa internacional o cercou e delegações estrangeiras fizeram fila para falar com ele. Resultado: transformou logística em marketing político e saiu maior do que entrou.

Mulheres agredidas


Em apenas 24 horas, a Secretaria de Segurança Pública registrou cinco casos de agressão contra mulheres, na capital e no interior. O número escancara uma realidade brutal e crescente. Mesmo assim, o governo não tem priorizado políticas eficazes para combater esses crimes. Falta prevenção, falta estrutura, falta assistência, sobra violência. Enquanto o Estado ignora, mulheres continuam pagando com medo, dor e silêncio.

Justiça lenta e seletiva


A Justiça Eleitoral brasileira, essa “jabuticaba” institucional, segue desnecessária, lenta e seletiva. Mantém uma estrutura gigantesca, inchada, com modelo administrativo próprio e orçamento milionário. Enquanto o discurso é de fiscalização e moralidade pública, a prática é marcada por decisões tardias, processos esquecidos e punições que raramente alcançam quem realmente tem poder. No fim, quem paga a conta é o contribuinte: uma máquina cara, pesada e pouco eficiente. A cassação do deputado Paulão (PT), pelo TRE/AL, já no final de seu mandato, mostra a distorção no julgamento e diminui a qualidade da bancada alagoana na Câmara Federal. Paulão foi “condenado” em um processo no qual não era réu, mas vítima.

Cavalo selado


Atenção, prefeito JHC. O cavalo está passando selado, com arreios de primeira e uma oportunidade rara: Governo ou Senado ao alcance da mão. Política não perdoa hesitação. Quem espera demais perde o momento e às vezes perde para sempre. O relógio eleitoral não para e a disputa já começou nos bastidores. É hora de decidir se quer apenas administrar Maceió ou disputar espaços maiores. Porque, quando a tropa partir, não haverá segunda montaria.

Essa é pra valer


A Polícia Federal prendeu, na quinta-feira, o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, durante nova fase da operação que apura descontos associativos indevidos em aposentadorias e pensões. José Carlos Oliveira, ex-ministro do Trabalho e Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PL), foi alvo de buscas na mesma operação realizada pela PF e pela CGU (Controladoria-Geral da União). Também foi alvo de busca o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG). A CPMI do INSS está produzindo efeitos positivos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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