O Ministério Público de Alagoas (MPAL) instaurou um inquérito civil para investigar denúncias de perseguição política, contratações irregulares e prática de rachadinha envolvendo a antiga gestão da Prefeitura de Maribondo, comandada pela ex-prefeita Leopoldina Amorim. Os fatos teriam ocorrido entre 2023 e 2024 e envolvem diretamente a Unidade de Apoio Ambulatorial Denilma Bulhões.

A apuração foi oficializada após o encerramento do prazo de 180 dias do Procedimento Preparatório, instaurado no ano passado para apurar irregularidades na recondução de servidores públicos. Como prevê a Resolução nº 23/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o caso foi convertido em inquérito civil, conforme portaria assinada pelo promotor de Justiça Flávio Gomes da Costa Neto e publicada nas páginas 90 e 91 do Diário Oficial do MP/AL, no último dia 25 de março.

Além da suposta perseguição política, o inquérito passa a abranger também denúncias de contratações temporárias irregulares, existência de servidores fantasmas e o repasse compulsório de parte dos salários de servidores a terceiros — prática conhecida como rachadinha. Esses fatos vinham sendo analisados separadamente pelo MPAL sob a forma de Notícia de Fato, mas também ultrapassaram o prazo regulamentar e foram incorporados à nova investigação.

A apuração das denúncias deve prosseguir nos próximos dias. A ex-prefeita Leopoldina Amorim, que comandava a prefeitura no período investigado, será um dos principais alvos da investigação ministerial.