Crime em Arapiraca

Ministério Público denuncia três PMs pela morte do empresário Marcelo Leite

Órgão também pediu a prisão preventiva de dois militares
Por Adja Alvorável / Estagiária sob supervisão 24/02/2023 - 18:21
Atualização: 24/02/2023 - 19:49
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Divulgação
Marcelo Leite foi atingido nas costas com um tiro de fuzil durante abordagem policial
Marcelo Leite foi atingido nas costas com um tiro de fuzil durante abordagem policial

O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) denunciou nesta sexta-feira, 24, três policiais militares que participaram da abordagem que resultou na morte do empresário Marcelo Leite em Arapiraca, Alagoas, em novembro de 2022. A vítima foi baleada com o tiro de fuzil e morreu dias depois em um hospital em São Paulo.relacionadas_esquerda

Os três policiais denunciados estavam em uma das viaturas que participou da abordagem. Os nomes dos PMs foram divulgados com exclusividade pelo EXTRA. Eles são:

- o cabo Jilfran Santos Batista, indiciado por homicídio doloso, fraude processual e denuncia­ção caluniosa
- o soldado Ariel Oliveira Santos Neto, indiciado por fraude processual e denunciação caluniosa
- o soldado Xavier Silva de Moraes, indiciado por fraude processual

O MP pediu a prisão preventiva de Jilfran e de Ariel Neto, e pediu medidas cautelares para Xavier Silva.

"Vê-se, portanto, que diversos elementos concretos extraídos dos autos, baseado na conduta dos investigados, exigem a decretação da prisão preventiva, não se tratando de antecipação da pena, mas de verdadeiro juízo cautelar de necessidade, baseado na ordem pública e na preservação e higidez da instrução probatória processual, não vislumbrando, ao menos neste momento, outra medida cautelar diversa da prisão que possa alcançar os mesmos resultados (garantia da ordem pública e da instrução processual)", diz o MP-AL na denúncia.

Segundo a denúncia, Jilfran atirou em direção ao empresário com uma carabina 5.56 (arma de cano longo). Depois, os três militares forjaram a cena do crime, colocando uma arma de fogo dentro do carro de Marcelo.

A versão dos policiais era de que o empresário estava armado e apontou a arma na direção da viatura, por isso, reagiram atirando. No entanto, a tese foi contestada por testemunhas que estavam no local e pelo advogado da família da vítima, que alegou que o empresário não possuía arma de fogo.

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