CPI DA BRASKEM

Diretor da ANM admite falta de estrutura para fiscalizar minas da Braskem

Roger Romão Cabral falou em falhas no trabalho da Agência Nacional de Mineração em Maceió
Por Tamara Albuquerque 12/03/2024 - 13:32
Atualização: 12/03/2024 - 22:02

ACESSIBILIDADE


A Agência Nacional de Mineração (ANM) não tem estrutura suficiente nem adequada para acompanhar a fiscalização e o monitoramento de todas as atividades do setor de mineração no país, segundo o engenheiro e diretor do órgão, Roger Romão Cabral. Ele foi ouvido pela CPI da Braskem no início da tarde desta terça-feira, 12, no Senado, e admitiu a falta de estrutura da ANM para atuar como fiscalizadora das minas da Braskem em Maceió por falta de material humano e tecnológico, segundo deu a entender.

"Em algum momento existe falha. Não tivemos estrutura para atuar nessas minas. Nossos profissionais eram deslocados para outros trabalhos que também exigiam a presença da ANM. É por isso que pedimos condições de trabalho, reestruturação para a ANM para que não sejamos pegos de calças curtas [em outra tragédia ambiental]", afirmou.

Roger Romão é engenheiro de Minas, especialista em Fiscalização e Segurança de Minas, servidor de carreira do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e Agência Nacional de Mineração (ANM) desde 1982. Atua como diretor da ANM desde agosto de 2021.

A resposta do diretor da ANM foi recebida com espanto pelo senador Marcos Rogério (PL-RO). Ele disse acreditar que o Brasil vive em ambiente de grande insegurança no campo da mineração e que há necessidade do setor ter a estrutura consistente e compatível com o tamanho que tem na economia brasileira. Também enfatizou que as agências devem ser tratadas com modelos mais modernos de gestão e o que o país, no caso da tragédia de Maceió, tratou a Braskem como não se deve agir com o setor produtivo.


Encontrou algum erro? Entre em contato