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Promotor de Justiça de Alagoas é investigado por ser filiado ao MDB

Resolução do Conselho Nacional do Ministério Público impede filiações partidárias
Por Redação 04/04/2024 - 09:41

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Ascom/MP Estadual
Promotor de Justiça Anderson Charles Silva Chaves atua na comarca do município de Campo Alegre
Promotor de Justiça Anderson Charles Silva Chaves atua na comarca do município de Campo Alegre

O promotor de Justiça do Ministério Público Estadual de Alagoas, Andreson Charles Silva Chaves, na Comarca de Campo Alegre, foi denunciado por aparecer como filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

A denúncia, recebida na semana passada pela Corregedoria Geral de Justiça do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL), está sob análise do corregedor-geral, Maurício Pitta, sob o número 02.2024.00002246-2.


Baseada em dados públicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a denúncia revela que Andreson Charles Silva Chaves é filiado ao partido desde 14/06/1985, com situação regularizada conforme informações disponíveis no site da Justiça Eleitoral.

Segundo o Artigo 4 da Resolução do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) n° 30, de 19 de maio de 2008, a filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membros do Ministério Público pelo período de dois anos após seu cancelamento, estabelecendo incompatibilidade entre filiação partidária e exercício de funções eleitorais por integrantes do Ministério Público.

Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (nº 23.609, de 18 de dezembro de 2019), também reforça a proibição de filiação partidária para membros do Ministério Público que desempenham funções eleitorais.

Em nota à imprensa, a Ouvidoria do MP/AL confirmou ter recebido uma denúncia anônima sobre o caso e a encaminhou à Corregedoria-Geral. Um pedido de informação foi enviado ao promotor de Justiça, aguardando-se sua resposta para determinar a medida a ser tomada.

“A Ouvidoria do MP/AL recebeu uma denúncia anônima sobre o caso e a encaminhou para a Corregedoria-Geral. Foi feito um pedido de informação ao promotor de Justiça e, neste momento, o órgão correcional está aguardando a resposta. Só depois disso é que poderá informar qual medida será adotada”, informou o órgão.


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