A Polícia Civil indiciou por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) um médico do Hospital Geral do Estado (HGE) que operou o idoso de 78 anos que sofreu queimaduras de 2º e 3º graus durante uma cirurgia no olho em Maceió. O inquérito será concluído e remetido à Justiça.

Segundo o delegado Waldor Coimbra Lou, o médico não assumiu que houve imperícia e afirmou que o uso de éter, apontado como causador das queimaduras, era um procedimento padrão nas cirurgias.

No dia 27 de março deste ano, o paciente C.H.S., natural de Flexeiras, foi admitido no HGE, acometido por câncer que atingiu o olho direito, com infecção parasitária por larvas no ferimento. 

Após exames, o médico indicou a cirurgia. Durante a realização do procedimento no centro cirúrgico, a equipe médica utilizou éter seguido de bisturi elétrico, o que causou uma combustão, levando a queimaduras de 2º e 3º graus no rosto, braços e tronco do idoso.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou nesta quinta-feira, 11, que, após o acidente, o paciente recebeu assistência multidisciplinar especializada, mas desenvolveu um quadro de infecção generalizada e não resistiu.

A Sesau informou que instaurou uma sindicância para apurar as circunstâncias. No mesmo dia do acidente, a equipe envolvida no caso foi afastada, além de ter sido solicitada uma perícia no local, que foi realizada pela Polícia Científica. 

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