A CPI da Braskem ouve nesta terça-feira, 14, a partir das 09h, o depoimento do vice-presidente da empresa, Marcelo de Oliveira, e do engenheiro responsável pelas minas, Paulo Roberto Cabral.

A participação de ambos foi aprovada na forma de convocação, tornando obrigatória a presença como testemunhas. A decisão veio após requerimentos do presidente da CPI, senador Omar Aziz, e do relator, senador Rogério Carvalho.

Omar justificou a convocação de Oliveira com base no depoimento de Marcelo Arantes, diretor global da empresa, que indicou sua expertise para esclarecer os questionamentos da CPI. Oliveira, com mais de 27 anos na empresa, atualmente ocupa o cargo de vice-presidente executivo.

Por sua vez, Paulo Roberto Cabral de Melo, além de ser engenheiro e responsável técnico pelas minas da Braskem, possui histórico como gerente-geral da planta de mineração da Salgema Mineração Ltda. Ele será ouvido após um habeas corpus concedido pelo STF.

Cabral foi alvo de uma operação da Polícia Federal e teve seus sigilos quebrados pela CPI no contexto das investigações sobre o afundamento do solo em Maceió.

Relatório final

A CPI da Braskem no Senado confirmou na agenda desta quarta-feira, 15, a apresentação do 'Relatório Final da CPI" na reunião de número 16, agendada para 9 horas.

O relator da CPI, senador Rogério Carvalho (PT-SE), já havia adiantado a data de entrega do relatório quando esteve em Maceió visitando os bairros destruídos pela mineração da Braskem, na semana passada.

Investigação

A CPI da Braskem foi criada por meio de requerimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para investigar, no prazo de 120 dias, os efeitos da responsabilidade jurídica e socioambiental da mineradora Braskem no afundamento do solo em vários bairros de Maceió.

A empresa extrai sal-gema — utilizado, por exemplo, na fabricação de PVC — desde os anos 1970 nos arredores da Lagoa Mundaú, na capital alagoana.