Com a possível suspensão do X (antigo Twitter), muitos brasileiros começaram a explorar a Bluesky, uma rede social alternativa. Nesta quinta-feira, 29, a plataforma registrou um aumento significativo de tráfego originários do Brasil.

Criada em 2019, a Bluesky era parte do ecossistema do Twitter e tornou-se independente em 2021, após a saída de Jack Dorsey, cofundador e ex-CEO do Twitter.

A Bluesky funciona como uma rede social federada, diferente das plataformas tradicionais como Facebook e Instagram, que são administradas por uma única empresa. Redes federadas operam de maneira descentralizada, com servidores espalhados em diversos locais, o que garante maior controle dos usuários sobre seus dados.

A plataforma foi construída com base no Protocolo AT (Authenticated Transfer), que permite a portabilidade de dados entre diferentes contas e redes sociais. O projeto é de código aberto, permitindo que qualquer pessoa modifique o programa conforme suas necessidades. A Bluesky também oferece controle sobre os algoritmos que operam na rede.

Apesar das diferenças em estrutura, a Bluesky possui uma interface similar ao Twitter. A linha do tempo, chamada de "skyline", ocupa o centro da tela. À esquerda, há um menu com opções como feed, perfil e configurações. Os posts, conhecidos como "skeets", têm limite de 300 caracteres, e o trending topics é chamado de "What’s Hot".

Fim do Twitter no Brasil?

Alexandre de Moraes intimou Elon Musk, proprietário do X (antigo Twitter), na quarta-feira, 28, exigindo que a empresa nomeie um representante legal no Brasil em 24 horas. Caso contrário, a rede social poderá ser retirada do ar em todo o país.

A intimação foi emitida para garantir o pagamento de multas aplicadas ao X após a decisão de Moraes de bloquear perfis que promoviam ataques contra instituições democráticas.

Ainda segundo a intimação, a medida também busca assegurar o cumprimento das leis brasileiras pela plataforma, que exige representação local para operar.