colunista

Roberto Baia

Formado em Jornalismo pela UFAL em 1987, também é radialista. Trabalhou nos extintos Jornal de Alagoas e Tribuna de Alagoas.

Conteúdo Opinativo

Eleições de 2026

16/03/2025 - 06:00
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Com cerca de 155 mil eleitores aptos para as eleições de 2026, Arapiraca tem a capacidade de eleger quatro deputados estaduais e dois federais, conforme já registrado em pleitos passados. Na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal, aproximadamente vinte candidatos com domicílio eleitoral em Arapiraca devem formalizar suas candidaturas com o objetivo de conquistar a maioria dos votos da cidade. Essa estratégia busca reduzir a migração de votos para candidatos de fora ou considerados “paraquedistas”.

Possíveis candidatos


Além disso, espera-se que outros vinte nomes locais integrem o cenário político de 2026 junto aos deputados já em mandato, como Daniel Barbosa, Ricardo Nezinho e Breno Albuquerque. No cenário político atual de Arapiraca, alguns dos nomes mais cotados para se juntarem aos deputados em mandato são: Severino Pessoa (ex-deputado federal), Dudu Albuquerque (ex-deputado estadual), Tarcizo Freire (ex-deputado estadual), Fabiana Pessoa (ex-prefeita) e Lindomar Ferreira (ex-candidato a prefeito). Esses nomes têm se articulado nos bastidores para as eleições de 2026.

Novas lideranças


Um dos nomes que tem sido bastante comentado nos bastidores da política arapiraquense é de Lucas Barbosa, filho do prefeito Luciano Barbosa. Lucas é pré-candidato a deputado estadual e vem apresentando um importante desempenho nas caminhadas diárias e diálogos com os eleitores. É, sem dúvida, um pré-candidato que merece respeito e atenção por ser filho de Luciano, que vem se destacando pelo trabalho que tem realizado em Arapiraca que é hoje, sem dúvida, a cidade que mais cresce em Alagoas.

Recomendação do MPF


Na última quarta-feira, 12, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou a interrupção das atividades de extração de areia em Feliz Deserto até que sejam avaliados os impactos na infraestrutura local. A medida tem como objetivo prevenir danos ambientais e garantir a segurança dos moradores da região.

A recomendação foi direcionada à Braskem, para que suspenda a compra de areia do fornecedor investigado, à Agência Nacional de Mineração (ANM), para que suspenda as autorizações de lavra e os pedidos de pesquisa relacionados à extração, ao Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), solicitando a revogação das licenças ambientais concedidas, e à Prefeitura de Feliz Deserto, para que não emita novas licenças ou alvarás para exploração mineral.

Rachaduras em imóveis


Os órgãos responsáveis têm até cinco dias para informar ao MPF se irão cumprir a recomendação e quais providências serão tomadas. A recomendação do MPF foi motivada por denúncias de que, apesar de licenciada, a extração de areia na região estaria causando danos, como rachaduras em imóveis, degradação das estradas e impactos ambientais. Inspeções realizadas pelo IMA constataram que a extração estava ocorrendo fora das áreas autorizadas, o que resultou em autuações e na suspensão da licença municipal pela Prefeitura de Feliz Deserto.

Investigação


A investigação ganhou destaque porque parte da areia extraída em Feliz Deserto é destinada ao preenchimento das cavidades resultantes da extração de sal-gema em Maceió, atividade responsável pelo fenômeno de subsidência (afundamento do solo) nos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol. Conforme estabelecido em um acordo com o MPF, em dezembro de 2020, a Braskem deve assegurar que a areia utilizada seja proveniente de fontes legalizadas e tenha o menor impacto ambiental possível.

Além da recomendação, o grupo de trabalho do MPF responsável pelo Caso Braskem implementou novas ações para aprofundar as investigações e reforçar a proteção da comunidade afetada.

Denúncia de nepotismo


O ex-vice-prefeito de Anadia, Amos de Almeida, apresentou uma denúncia ao Ministério Público de Alagoas contra o atual prefeito, Victor Rocha, alegando que ele violou a Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal, que proíbe o nepotismo na administração pública. A acusação aponta que o prefeito nomeou diversos parentes para cargos de alto escalão na prefeitura sem que esses familiares tenham a qualificação técnica necessária para as funções.

Aliança política


De acordo com a denúncia, a ascensão de Victor Rocha ao cargo de prefeito teria sido impulsionada pelo apoio de seu sogro, o ex-prefeito José Celino Ribeiro de Lima, conhecido como Celino Rocha. A partir dessa aliança, a família Rocha teria consolidado seu poder político, nomeando vários membros da família para posições-chave na gestão municipal.

Suposto esquema


Dentre as nomeações questionadas por Amos de Almeida estão as de José Celino Ribeiro de Lima, que foi nomeado secretário municipal de Governo e é pai da esposa de Victor Rocha; Henrique Juvêncio da Rocha Lima, cunhado do prefeito, que assumiu a Secretaria de Viação, Serviços Urbanos e Obras Públicas; e Karinne Beatriz da Rocha Lima, namorada de Victor e filha de Celino Rocha, que ocupa o cargo de secretária de Administração e Planejamento.

A denúncia sugere que essas nomeações configuram um esquema familiar para perpetuar o poder dentro da gestão pública, o que poderia comprometer a moralidade administrativa e a transparência da administração municipal.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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