colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Os Fragosos

21/07/2024 - 08:15

ACESSIBILIDADE


Conhecer a história e saber o significado do sobrenome que a pessoa carrega amplia a compreensão da sua identidade pessoal e fortalece o sentimento de pertencimento enquanto ao grupo social familial. Conhecer a ligação com os antepassados e preservar tradições e experiências ajuda a disseminar o legado da família e é a maneira certa de garantir que as histórias e raízes parentais perdurem ao longo dos anos. E isso que vai assegurar às gerações futuras não apenas conhecer, mas, valorizar a história pretérita dos seus ancestrais e alimentar o futuro da gênese daquele clã.

A Etimologia da palavra Fragoso (Fragosus em latim) tem como significado um lugar com muitas pedras; de acesso extremamente difícil, complicado de atravessar. Enquanto na numerologia o Fragoso está associado ao número 9 cujas características são: o otimismo, o carisma, e muita vitalidade. Aparenta gênio forte, mas é compreensivo. Elogia o bem feito, mas é duro com a incompetência e/ou a preguiça.

Do ponto de vista toponímico, o sobrenome Fragoso surge a partir de uma localidade chamada “Fragoso”, em Portugal. Agora, como sobrenome, há registros desde o século XIII, durante o reinado de dom Dinis (1261-1325). Mas o sobrenome também tem um passo italiano. No reinado de dom João III (1502-57) chegou a Portugal vindo da Itália um Pedro Fragosi filho de Octaviano Fragosi, duque de Gênova. Com o passar dos anos, o sobrenome italiano foi aportuguesado para Fragoso e deu origem a outro ramo da família no Brasil.

Alagoas, Pernambuco, Santa Catarina/Paraná e Rio de Janeiro são os estados com o maior número de pessoas com esse sobrenome. Como curiosidade, Fragoso também tem sido encontrado sendo utilizado como nome próprio tanto para meninos quanto para meninas, o que demonstra a sua versatilidade e popularidade.

Os Fragosos estão espalhados pelo mundo (em 54 países). Segundo o site sobrenome.info/sobrenome-fragoso, são 79.025. O maior número deles são residentes do México (29.587 pessoas). O Brasil é o segundo maior contingente mundial de Fragosos (19.699), enquanto a surpreendente Angola é o terceiro país de pessoas com o sobrenome (15.791 pessoas). Portugal, de onde o nome se originou possui tão somente 5.020 pessoas registradas nas suas diversas comunas.

Em Alagoas, os Fragosos chegaram ao estado através de dois irmãos (vindos de Pernambuco) enquanto um terceiro optou por ir residir no Rio de Janeiro. Vamos tratar aqui de um dos ramos dos Fragosos vindos para nosso estado. Na quarta-feira, realizamos encontro dos netos de um dos responsáveis pela introdução do sobrenome em nosso estado: o nosso avô Elias Fragoso de Melo e nossa avó Josefa Gomes Fragoso, do inesquecível Engenho Brasil situado no antigo distrito de Urucu (então vinculado ao município de Passo do Camaragibe e hoje transformado no município de Joaquim Gomes).

Foi a partir deles (18 filhos) que esse ramo da família se espraiou por toda aquela região em particular Flexeiras, Joaquim Gomes, Passo do Camaragibe, Messias, vindo mais à frente a ter papel importante no povoamento de Bebedouro - o segundo bairro mais antigo de Maceió (que a mineração criminosa da Braskem destruiu!) onde foi proprietária de grande parte das terras situadas naquele bairro (que à época se estendia até parte do Tabuleiro).

O encontro dos netos do Vovô Elias e da Mãe Zefinha, como eram conhecidos foi um momento de muita emoção de pessoas tão próximas do ponto de vista parental, mas ao mesmo tempo tão distantes, em alguns casos 10, 20 ou mais de 30 anos. Foi uma ocasião maravilhosa de congraçamento e (re) união da família que não poderia deixar de registrar pelo caráter e a importância histórica do encontro.

Lá estiveram desde o “patriarca” dos primos, o Joaquim Fragoso e da prima-matriarca, a Teca Fragoso passando pelos primos Sisíli e Beto Fragoso, filhos do Tio Né (do famoso banho em Bebedouro), Luiz Elias, Luiza Daura, Márcia e Nailza, do tio Luizinho, eu e meu irmão Ná Fragoso e os bisnetos Adriana e Luciana, do Joaquim e Binho, da Terezinha. Não foi possível a todos se fazerem presentes (entre a decisão de realizar o encontro e a sua materialização foram menos de 10 dias) uns por residirem fora, outros por questões de saúde ou particulares.

No próximo encontro certamente lá estarão. Uma vez que estamos programados para entre o final do ano e o início de 2025 voltarmos a nos encontrar – desta feita de forma ampliada, trazendo para o congraçamento, além dos netos, os bisnetos, os trinetos, os tataranetos e os pentanetos (isso mesmo, já temos a novíssima geração!) dos nossos avós pioneiros. O objetivo mais amplo é de trazer para o encontro - mais a frente, ao longo de 2025 - a a participação de todos os demais Fragosos existentes em Alagoas. Um bocado de gente. Reuni-los é missão.

Afinal (re)unir a família é fortalecer as raízes da nossa origem. Ocioso dizer que juntos seremos ainda mais fortes!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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