Jornalista, escritor, colunista do Jornal Extra, Tribuna do Sertão e presidente do Instituto Cidadão.

Conteúdo Opinativo

O cerco fechando

26/07/2025 - 06:00
A- A+

Vai continuar avançando pelos estados o cerco da Polícia Federal, Controladoria Geral da União (CGU) e Receita Federal mirando a relação promíscua entre políticos e as comprometidas emendas parlamentares.
Prefeitos, senadores, deputados, empresários e lobistas estão no radar da PF, que vai intensificar as operações buscando desvios de dinheiro público. Muita água ainda vai rolar. Cinco operações já foram realizadas em estados do Nordeste. Está só começando.

Desprezo ao indígena

Uma indígena de 29 anos da etnia Kokama está processando o estado do Amazonas por ficar nove meses e 17 dias presa na delegacia de Santo Antônio do Içá (a 880 quilômetros de Manaus) junto a homens.
Ela relata ter sofrido agressões físicas, morais e estupros praticados por policiais militares e um guarda municipal. Até quando o governo vai fingir que protege os povos originários, quando na verdade estimula o assassinato e a perseguição, ao não punir os responsáveis?

A ex-senadora Heloisa Helena (Rede) tem denunciado o aumento de assassinatos de indígenas.

Cadê a pauta animal?

Nem o governador Paulo Dantas ou o prefeito JHC (Maceió) têm mostrado o mínimo de preocupação com o importante e obrigatório cuidado com os animais, principalmente cães e gatos abandonados, perambulando pela cidade, pondo em risco suas vidas e da própria população.
Tem aumentado muito o número de animais contaminados e especialistas em saúde pública já falam em possível epidemia na capital. Que pena que animais não votam.

Passeio nas urnas
O ministro Renan Filho fará um “passeio” caso seja mesmo candidato ao governo do Estado, como tem anunciado. Plantou e fez dois governos com muitas realizações que ainda hoje são continuadas pelo sucessor, além do poderio eleitoral de seu partido (MDB) na maioria dos municípios do interior.
No xadrez político jogou com competência, junto com o pai, que é exímio no ofício e deixou pra trás qualquer pretendente ao cobiçado posto.

Sem destino

O vice-prefeito de Maceió, Rodrigo Cunha, passou pelo Senado e, como previsto, com um fraco desempenho. Escapou pelo “pau do canto” por causa da oportunidade dada à senadora Eudócia Caldas e foi escolhido vice de JHC, não pelos votos pois não os tem. É o vice ideal, inodoro, insípido e incolor, não cria problemas e está sempre à sombra do titular. Assumindo ou não o mandato, não terá jamais musculatura política para disputar o cargo de prefeito. No máximo, fica onde está.

Chama o Lira

Essa me veio da alcova do poder central, onde tenho informante credenciado da coluna.
Por telefone e por “emissários”, o presidente tem conversado bem mais com o deputado Arthur Lira do que com importantes figuras do núcleo da República. No seu entorno ele não esconde a falta que sente do ex-comandante da Câmara dos Deputados e, quando a coisa aperta, se ouve a ordem: “Chama o Lira”.

Detran, botando banca

O Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas tem se destacado entre seus congêneres nos demais estados graças aos seus projetos de mobilidade e modernização de ações estratégicas, adotadas na gestão do seu presidente, Marcos Fireman. São constantes as visitas ao órgão em Alagoas em busca de boas práticas e ações gerenciais efetivas, trazendo melhoras e avanços em escala nacional.

Pode piorar

Há uma máxima sempre em voga de que na administração pública não existe nada que não possa piorar.
A evidente e lamentável decadência da cidade de Palmeira dos Índios, por oito anos, na administração do prefeito Júlio Cesar, cujo destrambelhado mandato fez com que o município caísse para um dos últimos lugares em qualidade de vida do estado, tende a se agravar na gestão da sua tia Júlia, que nesses primeiros seis meses tem conseguido superar o sobrinho em irresponsabilidade administrativa e desprezo com o interesse público. O pior: conta a seu favor com uma Câmara de Vereadores subserviente e atrelada às mazelas da prefeita.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


Encontrou algum erro? Entre em contato