Jornalista, escritor, colunista do Jornal Extra, Tribuna do Sertão e presidente do Instituto Cidadão.

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02/08/2025 - 06:00
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A operação da Controladoria Geral da União, Receita e Polícia Federal tem estados do Nordeste na mira de suas próximas incursões. Os trabalhos serão retomados em agosto e foram interrompidos, segundo informações, para um “ajuste de estratégia e recolhimento de novos dados”. O grupo tático especial tem fortes indícios envolvendo emendas Pix de políticos importantes e tem “carta branca”. Senadores, deputados, prefeitos e organizações da sociedade civil estão no rolo. A coisa é séria.

Sem segurança

Não adianta aparato, aquisição de armas e veículos, o que precisa é treinamento das corporações, cuidado psicológico do policial civil e militar, noções de cidadania e direitos da sociedade branca, preta ou de qualquer cor e resultados nas operações de combate ao crime. Politizar as polícias é também uma maneira de cometer crime.

O favorito

Nas eleições do próximo ano para o governo do Estado só há um candidato com condições de possível favoritismo: o ministro e senador Renan Filho. Plantou em solo fértil durante dois mandatos e caiu no gosto do povo. Para enfrentá-lo, correndo sério risco, o prefeito de Maceió, JHC. Se decidir não ir à luta, sobra para o alcaide, sem concorrente. A história não repetirá a engenharia de 2022, com a Assembleia ditando o tom e o compasso de disputa.

Dose dupla

A história das eleições em Maceió traz um personagem presente em todos os palanques por muitos anos. O Riacho Salgadinho, que se tornou uma chaga aberta nas administrações passadas. Em busca do voto, teve gente que tomou banho em água podre, enganando o eleitor. JHC prometeu e cumpriu, com a revitalização quase pronta e ainda anuncia a realização de outra grande obra, muito reclamada pela população, o Mercado da Produção. Com o seu capital político, sua visibilidade nas redes sociais e com um marketing de altíssimo alcance, pode nem ser candidato, mas será disparado o grande eleitor de Maceió.

Fim das autoescolas?

“O governo avalia acabar com a obrigatoriedade da autoescola para obtenção da carteira de motorista”. O ministro dos Transportes, Renan Filho, revelou que a medida faz parte de um plano para reduzir o custo e as exigências para a emissão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação). A proposta já foi concluída pela pasta e será levada para aprovação do presidente, segundo o ministro. A notícia não foi muito bem recebida no Palácio do Planalto, que aponta mais desgaste para a imagem de Lula.

Penalizando o SUS

Um levantamento produzido e divulgado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), revela a espantosa demonstração de que o Sistema Único de Saúde, o nosso SUS, arcou, em 2024, com um gasto de R$ 449 milhões apenas com internações de pessoas vitimadas em acidentes de trânsito em todo o país. Por outro lado, o Sistema de Saúde deixou de receber R$ 580 milhões do DPVAT, extinto por Bolsonaro. O presidente Lula está sofrendo pressão para recriar o seguro.
(Da Coluna de José Osmando – Meio Norte).

Festa sem Lula

Em agosto, quando for inaugurado o Hospital estadual em Palmeira dos Índios, a principal atração vai declinar do convite. Diante da insatisfação dos indígenas do município e região, com a demarcação das suas terras, comandada pelo governo, existe a real possibilidade de uma grande manifestação e o presidente Lula não está em condições de passar por mais um constrangimento, afetando o índice de aprovação do seu governo.

Mais rivotril

O governador perdeu a paciência com os sindicalistas da Educação, que protestaram durante uma inauguração com vaias, cartazes e palavras de ordem. Esse tipo de manifestação não ajuda nas negociações, mas Paulo Dantas também se excede ao confrontar a categoria grevista. Se não tem paciência chama o vice, Ronaldo Lessa, que tem trânsito fluente com essa turma.

Serviço pesado

O secretário Junior Leão, com sua esperteza, sabedoria política e jogo de cintura, dá segurança ao prefeito JHC nas relações políticas, mas tem despendido um esforço incomum na tarefa. Com uma Câmara de Vereadores sem o mínimo protagonismo, uma mesa diretora “estiolada” e um bando de “doidivanas” que não dedicam um minuto ao interesse público, fica difícil qualquer negociação. Pense num trabalho hercúleo, mesmo para professor na matéria política doméstica.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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