A Câmara dos Deputados se viu em situação de “guerra” durante a semana, com deputados do governo e oposição em confronto e obstrução de sessões. Nos bastidores, deputados governistas e do Centrão apontavam a falta de comando. Já os do PL e outros aliados de Bolsonaro criticavam o presidente da Câmara publicamente, cobrando que seja pautado o projeto de anistia aos réus do 8 de janeiro. O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) só conseguiu voltar à mesa da presidência da Câmara na noite de quarta-feira (6) após longa negociação com a oposição mediada por seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL). Um deputado do PP afirmava à coluna: “Se complica no Planalto chama o Lira, se há crise na Câmara, idem; Lira é o cara”.

Pegou ruim
A Defensoria Pública publicou nota sobre a saída de Ricardo Melro da chefia do Núcleo de Proteção Coletiva diante da repercussão negativa que a mudança trouxe para a sociedade e em especial para os milhares de atingidos pela tragédia da Braskem. Na nota pífia, tenta explicar “o sexo dos anjos” com uma história que não convence ninguém. O real é que a descontinuidade do diligente e atuante defensor traz uma expectativa muito ruim para a atuação do órgão.

Brasileiro desonesto
Quando o brasileiro fala que todo político é desonesto esquece quem é que dá a procuração a eles, quando vota e os fazem deputados, senadores, governadores. Na verdade, é o país que adota a cultura da desonestidade, quando se vê o escândalo que está acontecendo em Belém (PA) onde será realizada a COP 30 – hotéis com diárias de R$ 15.000,00, serviços e alimentos com 500% de aumento. O governo tenta intervir e nada acontece. Países ricos já reservaram seus hotéis, os outros estão reclamando.

Jornalismo de qualidade
A CNN chegou ao Brasil em março de 2020 e mostrou de cara que não estava para brincadeira. Desbancou concorrentes e em seguida quebrou a hegemonia da Globo. Tem um jornalismo de altíssima qualidade e uma grade de programação com o mais categorizado time de profissionais do país. Gosto de todos, em especial da dupla Gustavo Uribe e a alagoana Tainá Falcão.

Pega ladrão
Pelo menos 14 prefeituras alagoanas estão no radar da Controladoria Geral da União, que inicia ainda neste semestre operações para apurar o desvio criminoso de Emendas Parlamentares. A relação promíscua envolve ex-prefeitos, parlamentares e empresas privadas que fizeram negociatas com a dinheirama, superando a casa de bilhões, Brasil afora. Esse número por aqui deve aumentar depois de concluído o trabalho de apuração das denúncias. Ninguém me contou, eu vi.

Festejando o ECA
Vários eventos marcaram a comemoração dos 35 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, que é fruto de intensa mobilização da sociedade civil, de movimentos sociais e da luta de crianças, adolescentes e militantes por justiça social. O ECA estabeleceu a doutrina da proteção integral e inscreveu, no ordenamento jurídico brasileiro, o compromisso com a prioridade absoluta da infância e da adolescência. O “pai” do estatuto é o ex-presidente Fernando Collor.

Otávio Lessa
O conselheiro Otávio Lessa se destaca no plenário do Tribunal de Contas como a principal referência na Corte alagoana. Sua liderança é medida pela capacidade de fazer se destacar entre os demais tribunais do país, com avanços tecnológicos e institucionais. Presidente da Casa por diversas vezes, é voz consultada quando se fala em evolução.

LGPD, a obrigação de implantar
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) reforçou que todos os entes federativos — União, estados e municípios — estão obrigados a cumprir integralmente a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018). O órgão destacou que, apesar de a lei estar em vigor desde setembro de 2020, muitos governos estaduais e prefeituras ainda não concluíram seus processos de adequação. A fiscalização será intensificada. Advertências, bloqueios e outras penalidades poderão ocorrer aos municípios e estados.

Vereadores de segunda
Recebi de um leitor uma mensagem na qual perguntava: “Por que a Câmara de Vereadores de Maceió é de tão baixa qualidade”? Respondi então, sinais dos tempos, o mesmo acontece na Assembleia Legislativa. É reflexo do péssimo nível do eleitor e do voto tratado como mercadoria. Já não se faz mais vareadores tipo Edberto Ticianeli, Freitas Neto, Heloisa Helena, Ronaldo Lessa, Judson Cabral, Marcelo Malta, Eduardo Bomfim (e outros cujos nomes esqueci).

Abandonada por Deus
A deputada fujona, Carla Zambelli, ao se esconder na Itália, foi taxativa: “Aqui sou intocável, só Deus pode me tocar”, fazendo pouco caso da Justiça brasileira. Falou sem combinar com Deus, aí a Interpol “toc, toc” em sua porta, camburão e prisão.