Jornalismo de luto
Alagoas perdeu, na última segunda-feira, 4, uma figura de referência no jornalismo e na segurança pública. Jaime Feitosa de Araújo Neto, jornalista e escrivão da Polícia Civil, faleceu aos 69 anos, após sofrer um AVC no fim de julho. Internado desde então, ele não resistiu. Atuava como editor de Cidades na Tribuna Independente e também integrava a equipe de comunicação da Polícia Civil.
Carreira marcante
Com quase 50 anos de atuação na imprensa e mais de três décadas na Polícia Civil, Jaime construiu uma trajetória marcada pela firmeza profissional e pelo compromisso com a informação. Trabalhou em veículos importantes do estado, teve papel ativo no sindicato da categoria e era conhecido pelo rigor na apuração de notícias, especialmente no jornalismo policial.
Despedida justa
O velório reuniu colegas de profissão, servidores da segurança pública, amigos e familiares. A presença foi um reflexo do respeito que conquistou ao longo da vida. Jaime deixa uma história de trabalho consistente, com contribuições relevantes tanto no jornalismo quanto no serviço público.
Cobrança milionária
O Tribunal de Contas da União (TCU) notificou o ex-prefeito Leopoldo Pedrosa, de Maribondo, para restituir mais de R$ 4,1 milhões aos cofres públicos, valor que se refere a irregularidades ocorridas durante sua gestão em 2019. O montante inicial, estimado em R$ 2,9 milhões, foi atualizado com juros e correções, podendo aumentar caso novas inconsistências sejam identificadas nas investigações em curso.
Prisões e investigações
Leopoldo Pedrosa cumpre prisão domiciliar, monitorada por tornozeleira eletrônica, e enfrenta ao menos seis processos criminais que abrangem acusações de corrupção, fraudes em licitações, desvio de verbas públicas e improbidade administrativa. Ele está proibido de deixar a comarca onde reside, tem o passaporte retido e precisa cumprir rigorosas condições judiciais para evitar o retorno ao regime fechado.
Desgaste político
Durante sua gestão, Pedrosa promoveu uma administração marcada por autoritarismo, perseguição a servidores e abandono de obras públicas, o que resultou em uma crise institucional e financeira para Maribondo. A população ainda sente os efeitos dessa má gestão, enquanto o município luta para retomar a normalidade e recuperar a confiança dos cidadãos e órgãos fiscalizadores.
Extração ilegal
O Ministério Público Federal denunciou duas empresas por crimes ambientais em Marechal Deodoro, Alagoas, por realizarem extração irregular de areia em áreas protegidas, incluindo as Dunas do Cavalo Russo. As atividades ocorreram sem autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM) e sem licença ambiental, causando danos à vegetação nativa da Mata Atlântica e a áreas de preservação permanente.
Danos ambientais
Na primeira denúncia, o MPF apontou a retirada ilegal de 173 mil m³ de areia entre 2013 e 2023, gerando um prejuízo estimado em R$ 7,8 milhões à União. A segunda envolve a extração de 19 mil m³ entre 2020 e 2024, mesmo após condenação anterior. Ambas causaram desmatamento, alteração do relevo e impacto em ecossistemas frágeis, com supressão de restinga e vegetação fixadora de dunas.
Proteção judicial
As denúncias reforçam a importância da preservação das Dunas do Cavalo Russo, local de rara beleza e habitat de espécies ameaçadas. O MPF também atua na esfera cível para garantir a recuperação ambiental e impedir novas licenças irregulares, com decisões judiciais que incluem multa, indenizações e exigência de plano de recuperação das áreas degradadas.
Em alerta
A Defesa Civil monitora os rios do Agreste e especialmente no Litoral Norte, como o Manguaba e o Santo Antônio, que permanecem acima do nível de transbordamento. Apesar de o Santo Antônio ter apresentado leve queda, a situação ainda preocupa devido ao lento escoamento das águas, e planos de contingência estão ativos nas prefeituras da região.
Níveis controlados
No Agreste, o Rio Jacuípe não apresenta risco de transbordamento neste ano, graças às obras de dragagem realizadas pela prefeitura. Já os rios Paraíba e Mundaú estão com cerca de 50% da capacidade e escoamento rápido, mas a Defesa Civil alerta para possível aumento rápido do nível caso as chuvas retornem, devido à baixa absorção do solo.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA