Partiu ontem o Dr. Luiz Nogueira, secretário perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas durante 21 anos de 2001 a 2023.

Médico, pediatra e historiador foi também membro Titular da Academia Alagoana de Letras. Sua opus Magnum foi ‘A solidão dos Espaços políticos’, obra de fôlego historiográfico analisando o segundo quartel político da História das Alagoas.

Publicou também ‘As falas presidenciais’ sobre as mensagens anuais encaminhadas pelos presidentes de província do Estado de Alagoas, correspondente hoje às mensagens governamentais anuais, encaminhadas anualmente ao Legislativo pelo executivo, sua excelência, o Governador do Estado. Esse trabalho tem tudo do nosso Estado, as perspectivas, os projetos e o que foi realizado. Trabalho árduo de pesquisador, em que ele não encontrou em Alagoas, nem na Biblioteca Nacional, mas sim na Universidade de Chicago, Estados Unidos. Esmero desmedido para trabalho de tal magnitude. Manteve durante muito tempo um blog sobre História, predominantemente alagoana, dentre as notícias relevantes estão temas da Segunda Guerra Mundial, a passagem do Zepellin por Maceió e Maceió de outrora.

Socialista democrático, militou desde o Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina de Alagoas, onde se formou, foi submetido a interrogatórios terríveis na ditadura de 64 em Recife, no segundo Exército e só não foi torturado porque tinha um cunhado general que acreditava em sua lisura. Em 2024, foi galgado a Membro Honorário do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, Casa de Alagoas, a mais vetusta entidade alagoana com 156 anos de fundação.

O velório está acontecendo na Capela 01 do Cemitério Parque das Flores e o sepultamento ocorrerá às 10 horas de hoje.