Conteúdo Opinativo

Verdadeiro ou falso

23/08/2022 - 13:22

ACESSIBILIDADE


Lembram daquelas provas, chamadas testes de escolha múltiplas? Os eleitores brasileiros preparam-se para mais uma. Primeiro será a aprendizagem política através das instrutivas propagandas. Muitos já não mais esperam que nesse período de contato com os candidatos cumpram aquele objetivo da propaganda eleitoral, qual seja a apresentação de projetos de governo, ou de atuação nas casas legislativas, pois sabem que os pleiteantes estarão empenhados em vencer uma rinha de galos, ou, também aplicável aos pleitos, um turfe bem disputado. De produtivo nada; de compromisso com o povo, nada também. O pior de tudo, porém, é que todos estaremos gastando o juízo em descobrir se os políticos estarão dizendo verdades ou mentiras. Será um duro labor.

Quando a propaganda eleitoral foi aprovada para ser veiculada em emissoras de rádios e de televisão, o objetivo era, à época, como já referido acima, o eleitor tomar conhecimento do que os candidatos pretendiam, quando eleitos, ou seja, seus planos para servir ao povo, por tal denominados planos republicanos. Por isso a invasão de nossas residências com a propaganda era gratuita. Em termos, porque quase nada é verdadeiramente gratuito nesta terra dos brasis. 

O custo propaganda eleitoral, no caso das rádios e televisão, sairá dos donos das emissoras, assim como dos nossos bolsos, ou da nossa paciência. Ademais, embora esqueçamos sempre, os gastos com as eleições saem do erário (isto é, nós), o que é natural. As gordas verbas destinadas aos partidos também saem dos nossos bolsos. Em suma, estamos financiando os enganos e mentiras com as quais somos bombardeados nas propagandas políticas. Depois, se cobrarmos o cumprimento das promessas, sempre receberemos desculpadas esfarrapadas, ou seremos considerados inconvenientes, militantes da extrema esquerda, etc, etc.

Os candidatos, por seu lado, com raríssimas exceções, são eles próprios deslavadas mentiras. Não importam quantas acusações de corrupção hajam recebido, estarão sempre limpos, honestos que são por natureza. Se foram absolvidos por falta de provas – e a prova de corrupção é extremamente difícil, apesar de veementes indícios – apregoarão serem inocentados pela Justiça, o que é absoluta mentira, pois falta de provas dos crimes não representa inocência do criminoso eventual.

E por aí vai. Ao final, o eleitor desavisado, ou voluntariamente cego, estará no dilema de votar em o pior, ou no pior também. Resultado, é que raramente teremos governantes realmente empenhados na solução de problemas sociais, que são tantos em quase todos os países do mundo, e que no Brasil avoluma-se a cada governo. E por que isso acontece a cada pleito eleitoral?

É comum dizer-se que cada povo tem o governo que merece. E é verdade! Se escolhermos mal, se dermos ouvido aos cantos melífluos das sereias e sereios, esperemos ser governados por maus políticos. Essa é uma verdade sempre comprovada e repetida.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


Encontrou algum erro? Entre em contato