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Propostas eleitorais

12/09/2022 - 15:08

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Agencia Brasil
Urna eletrônica
Urna eletrônica

A política está na vida de cada cidadão, nada importando qual o seu estamento social. Essa concepção é antiga, havendo sido constatada por Aristóteles, na antiguidade grega, ou clássica. Naqueles antanhos, também Platão apregoava que aqueles que não gostam de política estão fadados a serem governados pelos que gostam, o que significa, em última análise, que, ainda que não gostemos, devemos acompanhar o desenvolver da política ante a preocupação de sermos dirigidos por maus governantes.

O Brasil vive a reta final da campanha eleitoral de 2022. Modernamente os ideólogos políticos brasileiros propuseram as campanhas eleitorais, oportunidade em que os candidatos devem divulgar suas propostas, sendo esperadas, claro, proposições que interessem ao bem comum, sendo essa a finalidade das normas jurídicas que disciplinam a questão. Certamente por isso os partidos recebem gordas verbas, retiradas da saúde, da educação, da cultura, da ciência, e quejandas, mas nunca dos interesses político-financeiros dos próprios candidatos, como por exemplo, a redução dos cargos entregues a seus apaniguados, em geral bem remunerados, a servirem as ultimamente célebres, e comumente usadas, “rachadinhas”. 

Deixemos essas práticas (anti)republicanas dos nossos políticos de lado, sem delas esquecer, e tornemos ao que mais importa: as proposições dos candidatos.

Comícios, entrevistas, debates, são modos bem práticos e esperados, oportunidades para que os candidatos, em relativa igualdade, se apresentem ao povo e digam ao que vêm. Por essa razão, muitas vezes devemos conter o nosso repúdio a determinado candidato, e ouvi-lo. Quem sabe dali sai alguma coisa aproveitável, embora saibamos que árvore seca não dá frutos. Talvez consigamos abstrair a figura do candidato e votemos em suas propostas, pois há épocas em que mandacaru dá flores, anunciando que “a chuva chegou no sertão”. Não desanimemos nunca, ainda que encontrar político assim seja andar sempre com a lanterna de Arquimedes de Siracusa. Talvez possamos, como aquele sábio grego, gritar EUREKA?

O que vimos, todavia, nas entrevistas e debates últimos são deploráveis. Tchuthuca foi um epíteto vergonhoso, um desrespeito inominável ao chefe do governo brasileiro, mas o eleitor que praticou tal ofensa talvez tenha falado por si e por muitos. Em um debate público, o tchuthuca de uns virou tigrão em relação a mulheres candidatas e jornalistas. Em outra oportunidade – e outro ambiente – um candidato revelou-se mais preocupado com os “beiços” e com a namorada ou companheira do provocativo concorrente, esquecendo as suas proposições tão esperadas.

Desses acontecimentos “importantes” para o País, tiramos algumas conclusões: nossos políticos estão bem preparados para uma boa rinha, bicos e esporões afiados e os recursos retirados do erário e dos nossos bolsos estão sendo bem aplicados... para nada!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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