Natal? Uma ova
Que as datas comemorativas – quaisquer delas – sempre foram criadas (e utilizadas) com o claro objetivo de anestesiar a população para servir de escape às pressões que os poderosos e os donos do dinheiro submetem 95% das pessoas deste planeta Terra desde sempre. Com o Natal não é diferente.
A data que supostamente deveria comemorar o nascimento do Cristo, o filho de Deus na religião católica (nunca é demais lembrar que mais de 6 bilhões de pessoas no mundo não comemoram essa data pelas mais diversas razões, em especial porque não reconhecem em Jesus o filho de Deus lato e, sim, mais um dos profetas que pululavam à época no mundo) na verdade surgiu como uma iniciativa da Igreja Católica para se contrapor às comemorações pagãs celebradas em 25 de dezembro (e que tinham muito de bacantes, diga-se de passagem).
Portanto o “nascimento” é mais uma daquelas datas forjadas pelas igrejas com claros intuitos dominatórios do populacho. Mas foram ao longo do tempo atropeladas pelo marketing que deturpou ainda mais o seu significado para mais um dia de compre mais que este planeta aguenta e/ou o dia de se empanturrar de comidas e bebidas “em homenagem” (sic!) a Jesus!!!
Um parêntesis para uma lembrancinha aos desavisados: em 25 anos, o mundo estará consumindo duas vezes mais que a capacidade de resposta do planeta e para sustentar o consumo de hoje, seria necessária a existência de 1,7 planetas Terra... problema claro, à vista. Mas então, é Natal!
E o que fazer com isso? Imaginem. Apenas imaginem. Se todos os gastos do Natal (estou estimando um gasto médio por pessoa de 300 reais com festas, presentes, etc.) que o brasileiro despende (mesmo a despeito de suas dificuldades) fossem reunidos numa só conta, o montante chegaria tranquilamente a 50 bilhões de reais (apenas o comércio estima faturar 33 bilhões).
Essa montanha de dinheiro poderia ser aplicada na educação privada de nada menos que 8,3 milhões de crianças hoje condenadas às sucateadas escolas públicas! Isso graças a uma esquerda jurássica e a políticos corrutos que não querem perder a teta em detrimento dos mais de 30 milhões de jovens lá “estudando”, e que de lá sairão para ser repositório de mão de obra desqualificada num mercado informal infame como o brasileiro.
É sonho? Claro que é! Afinal é “Natal” e a mídia e o marketing dizem que é tempo de sonhar (consumindo, claro!).
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA