O HU no Jubileu de 75 anos: um oásis no SUS
Texto de Célio Rodrigues – professor de anatomia e diretor do Hospital Universitário da Ufal
Em meio às agruras que assombram o SUS, o Hospital Universitário (HU) emerge como um oásis, oferecendo tratamento de ponta à população carente.
Com 142 médicos residentes em 20 programas de especialidades médicas, o número chega a 184 profissionais quando incluímos a residência multiprofissional. O HU pulsa. Outro pilar é o serviço de genética médica, decisivo para o acompanhamento de doenças genéticas negligenciadas.
O HU, com mais de meio século, tem como objetivo formar médicos e profissionais da saúde. Em sua estrutura estão: o Hospital Dia, voltado ao cuidado de pessoas com HIV e infecções similares; o CACON (Centro de Alta Complexidade em Oncologia); o INHAMMI (Instituto de Habilidades Multidisciplinares em Microbiota Intestinal), responsável por pesquisas da flora intestinal e transplantes de biota fecal; além da já mencionada residência médica.
É o único hospital público em Alagoas a realizar cirurgia bariátrica desde 2002. Mais de mil pacientes com obesidade mórbida são acompanhados em ambulatório, e outros quinhentos já foram operados, com ganhos significativos em qualidade de vida e redução da mortalidade. O HU também é exclusivo na realização de ressonância magnética pediátrica em Alagoas.
O professor Dr. Domingos Rocha, ultrassonografista pioneiro na América Latina e galardoado com a categoria dourada da Medalha Universitária, expressa a reverência que tem pela Faculdade de Medicina da Ufal, onde se graduou:
“A Ufal representa muito para minha família. Meu avô paterno foi um dos fundadores da Faculdade de Direito, seu segundo diretor, e meu pai o seguiu na mesma disciplina. Decidi ser médico nesta casa.”
“Durante a graduação, dois fatos foram fundamentais: ter sido monitor de biofísica e ter assistido às aulas de Lourival de Melo Mota e Eduardo Jorge Silva. O segundo fato foi o convívio com Augusto Cardoso, na anatomia, e Úlpio Miranda, pelo apetite científico”, concluiu.
Rosana Vilela, condecorada, declarou:
“Agradeço muito à Ufal por propiciar minha graduação e pela indicação às duas homenagens: a medalha pelo Jubileu e a consagração com o título de professora emérita.”
Despojada como o pai, senador Teotônio Vilela (1917–1983), Zana foi agraciada com a minudência de Helena Quintela, sua mãe, e expressou-se:
“Com elevada honra recebo esta homenagem no Jubileu dos 75 anos da nossa Faculdade, instituição que me acolheu como aluna e onde tive o privilégio de servir por 40 anos. Gratidão, em primeiro lugar, à minha família. Foi ali que aprendi a importância da civilidade, do respeito às diferenças e da prática da democracia. Gratidão aos amigos e amigas, aos técnicos e técnicas do setor administrativo e, especialmente, ao corpo discente. Tudo isso me enche de orgulho”, concluiu.
Que o HU continue a florescer como um farol de esperança para a população alagoana.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA