Texto de Ricardo Nogueira - médico e prof. da Ufal

Este congresso surgiu em 1985, porque juntamente com os professores João Batista Neto e João Pereira, notamos que o ensino médico em nosso Estado estava sobremodo teórico, visando tão somente responder aos quesitos das provas com fartura de palavras, todas exaustivamente decoradas e depois vomitadas no papel.

O aluno só aprende aquilo que faz sentido, o que apenas acontece quando a teoria é aplicada à prática.
Como saber se o acadêmico tem vocação para a medicina?

Coloque-o em um Pronto-Socorro. Se se adaptar àquele ambiente, passou pelo batismo de fogo. Caso contrário, está na profissão errada.

Nosso Curso de Emergências, anualmente, traz para Alagoas as maiores celebridades médicas da América Latina. Este ano traremos uma expressão mundial em Semiologia Médica: Prof. Celmo Porto. Também estará conosco o intensivista da USP, Prof. Luciano Azevedo, candidato ao Prêmio Nobel de Medicina.

Teremos vinte momentos de prática, o que é inédito neste país. Destaco o Simulado para Múltiplas Vítimas, que constitui a maior aula prática do Brasil.

O médico que não recebe rigoroso treinamento em Hospital de Pronto- Socorro será um eterno medroso e não pode ser considerado médico; trata-se de um bacharel em medicina: tem o diploma, mas lhe faltam competência e traquejo para salvar vidas.