Pedro Oliveira é jornalista , escritor, colunista do Jornal Extra, Tribuna do Sertão e presidente do Instituto Cidadão.

Conteúdo Opinativo

Nem, nem

24/03/2024 - 06:00

ACESSIBILIDADE


Nem os mais entusiasmados do círculo palaciano devem cogitar uma candidatura do governador Paulo Dantas ao Senado em 2026. O dito cujo não tem nenhum indicativo com esse perfil. Deputado provinciano do interior, caiu em seu colo o mandato tampão de governador, que emendou com uma reeleição ungida pelos mais poderosos caciques partidários. Segue tocando um razoável mandato, continuando o que o antecessor deixou encaminhado, quase pronto. Carrancudo, não carrega nenhuma dose de simpatia dentro de si e carisma, que é bom, passou bem longe, só lhe sobra o sorriso forçado quando surgem os “flashes”.

A briga majoritária vai ser de gigantes, com os favoritos apontados Arthur Lira, Renan Calheiros (se subsistir) e Rodrigo Cunha, além de outros que podem surgir. Para o governo as câmeras miram para o prefeito JHC, que poderá enfrentar Ronaldo Lessa que já se insinuou e outros que certamente surgirão.

Para se ter uma ideia, com 50 anos de jornalismo político só aqui em Alagoas, conheço todos os políticos de ontem e de hoje. Pois bem, não conheço o governador Paulo Dantas, nunca nem o cumprimentei, o que é algo estranho para alguém que se diz líder político.

Rodrigo Cunha


Um projeto de lei protocolado no Senado Federal pelo senador alagoano Rodrigo Cunha (Podemos) institui e garante, mediante lei federal, o chamado “bônus regional” de até 10% sobre a pontuação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Pleitear e utilizar o “bônus” seria um direito para estudantes que estudaram todo o ensino médio em escolas localizadas no estado onde disputarão uma vaga em universidade pública federal ou instituto federal.

O projeto ainda garante o “bônus de 10%”, também, para estudantes que residem há pelo menos 5 anos no estado sede da universidade ou instituto em que pleitearão a vaga por meio do Sistema de Seleção Unificada (SISU) ou de seleções próprias das instituições.

Devagar, quase parando


Diretores de Dnits (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) todo o país, vinculados ao Ministério dos Transportes estiveram reunidos em Brasília na semana passada, com a ausência do ministro que estava na Espanha, fazendo “lives” para se exibir nas redes sociais.

Como sempre a ausência é atrevida, o pau cantou na morosidade de ações e nos projetos equivocados priorizados por Renan Filho. Opinião majoritária que já se perdeu muito tempo e que praticamente nenhum projeto robusto foi tocado pelo gabinete do ministro. As críticas ao fraco desempenho do ministro já resvalaram para o Palácio do Planalto, como sinal de alerta.

Cadê o dinheiro?


A Braskem afirma que a área de risco já está 100% desocupada. De acordo com a companhia, 96% das propostas de realocação já foram aceitas e 95% pagas. “O índice de aceitação geral é de 99,4% – então, entre todas as propostas, a gente já tem resposta definitiva de 99,4%. Um altíssimo índice de aceitação”, disse o diretor financeiro da companhia, Pedro Freitas.

Dos R$ 15,5 bilhões provisionados, R$ 9,5 bilhões já foram desembolsados, informou a empresa. Esse total subiu cerca de R$ 1 bilhão depois que parte da mina colapsou em dezembro do ano passado e foi o gatilho para criação de da CPI da Braskem no Senado.

É preciso saber para onde foram esses R$ 9,5 bilhões. Alguém terá que fazer essa conta.

Sete anos sem cultura

Como pode uma cidade que já foi considerada a “capital da cultura alagoana”, berço dos mais destacados intelectuais em todos os segmentos, referência internacional da figura icônica de Graciliano Ramos, no mundo inteiro, celeiro de escritores, poetas e dramaturgos consagrados, sede de uma das mais prestigiadas Academias de Letras, com reconhecimento em todo o país, passar pelo dissabor em constatar que a cidade é fonte de críticas e até ofensas pela decadência histórica e cultural que lhe foram impostas por uma administração pública caótica e criminosa, gestada de uma mente doentia e atrofiada, do prefeito que está para sair e nunca mais voltar. Que os palmeirenses apaguem esse nome de todas as placas, prédios, praças, tirem seus retratos das paredes e lavem com sal grosso todos os ambientes pelos quais ele passou.

Porto de Maceió


Foi o trabalho de Arthur Lira e do prefeito JHC junto ao governo federal, que conseguiu uma vitória buscada há muitos anos e vai acontecer agora: a autonomia do Porto de Maceió, desde sempre subordinado ao do Rio Grande do Norte. Será criada a Docas de Alagoas, que simboliza autonomia geral e irrestrita para o órgão alagoano. Por conta disso, a Prefeitura de Maceió vai implantar um projeto audacioso de adequação da orla do porto, transformando em uma das mais atraentes atrações turísticas da capital.banner

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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