Pedro Oliveira é jornalista , escritor, colunista do Jornal Extra, Tribuna do Sertão e presidente do Instituto Cidadão.

Conteúdo Opinativo

Vai ser assim

16/06/2024 - 06:00

ACESSIBILIDADE


Brasília, capital da República, é onde tudo acontece. A efervescência política pulsa durante 24 horas, quer seja nas casas do Congresso, nos ministérios ou no Palácio do Planalto. Se estende nas madrugadas em restaurantes de luxo, ou mesmo nos “inferninhos” e boates, onde esses políticos descarregam suas energias. Quem conhece a cidade sabe, em Brasília não se guarda segredo por muito tempo. Ouvi de uma fonte confiável, que não é alagoana, mas sabe de tudo nos “túneis secretos da política”, essa informação sobre as duas principais figuras políticas locais e o “ódio” exacerbado que os confronta – Renan Calheiros e Arthur Lira: “Não se encontraram e talvez nem se encontrem (só o tempo dirá), mas o entorno privilegiado de ambos tem feito movimentos enxadristas de mestres, numa ação ‘quase secreta’ de mão dupla, buscando um armistício, em nome daquilo que buscam os dois: o poder”. A estratégia é “qualquer um que ouse ao contrário, será atropelado por duas locomotivas de um trem bala”.

Rancor descabido


O encontro promovido pelo PSB, na semana passada, liderado pelos secretários Vitor Pereira e Bárbara Braga, deixou a desejar nos quesitos civilidade e habilidade política, que não se justifica mesmo para os dois, neófitos nessa ciência e talvez até sem vocação para o ofício. O partido cresceu em pouco tempo, após um ostracismo político ao qual foi condenado pela soberba de seus dirigentes anteriores e promete chegar ao topo com o “empurrão” do governador Paulo Dantas e o comando de sua filha Paula Dantas. Aos dois secretários o alerta que em política nem tudo é ódio e “ranger de dentes”. Um dia vão aprender.

O Brasil e seus desastres


No Brasil, dados analisados pela CNM (Confederação Nacional de Municípios) apontam que 93% dos municípios brasileiros foram atingidos por algum desastre climático que levou ao registro de emergência ou estado de calamidade pública, especialmente por tempestades, inundações, enxurradas ou alagamentos nos últimos 10 anos. No período de 2013 a 2022, mais de 2,2 milhões de moradias foram danificadas em todo o país por causa desses eventos, afetando diretamente mais de 4,2 milhões de pessoas, que tiveram de deixar suas casas em 2.640 cidades do país. Os desastres não vão parar e até deverão aumentar se os governos continuam inertes e algumas vezes até incentivando a destruição desenfreada do meio ambiente. Onde está dona Marina Silva, ninguém sabe.

Claydson Moura, o Coringa


Conheci o jovem militante político Claydson Moura ainda um garoto, nos idos de 1994, quando me foi apresentado pelo parceiro Pedro Collor de Mello, então candidato a deputado e meu sócio no jornal Correio de Alagoas. Me falou do seu espírito e liderança política, do quanto gostava dele e disse: “Esse garoto vai longe”. Logo depois Pedro faleceu. Tivemos poucos contatos, mas não perdi de vista o Mourinha. Voltamos a nos encontrar após exatos 30 anos. Caminhou com seus próprios pés, enveredou pela Ciência Política, obteve muitas vitórias e tornou-se um dos maiores estrategistas que conheço. Na equipe do prefeito JHC, onde tem um problema, “chama o Mourinha”. Foi o principal condutor do exitoso combate à covid que colocou Maceió no topo dos resultados positivos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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