Pedro Oliveira é jornalista , escritor, colunista do Jornal Extra, Tribuna do Sertão e presidente do Instituto Cidadão.

Conteúdo Opinativo

Um e outro

06/10/2024 - 06:00

ACESSIBILIDADE


É evidente, por todos os cenários observados, que o prefeito JHC renova neste domingo o seu mandato por mais quatro anos com uma vantagem avassaladora sobre o seu adversário. Será a constatação de uma tragédia prevista e anunciada, quando desde sempre o favoritismo não deixava dúvidas. Com uma gestão muito bem avaliada, o prefeito navegou em águas calmas, sem uma oposição com competência para fazê-lo baixar a guarda, atacando na tática do jogo sujo nas redes sociais, onde a esperteza do “tio Jota” é muito superior ao campo antagonista. A turma do MDB enfrentou dificuldade e momentos tensos desde a escolha do nome para encabeçar a chapa, sobrando o “sacrifício” para alguém que não é do ramo, mas um deputado “feito nas coxas”, pelo beneplácito da dupla Calheiros, logo eles, os políticos mais rejeitados pelos eleitores da capital. O prefeito é profissional na estratégia política, sem a arrogância de alguns, e transita bem no labirinto emaranhado. Possui um defeito perigoso, que é não suportar a proximidade com jornalistas e durante seu mandato não participou de nenhuma entrevista coletiva, um absurdo, para alguém de viés tão acolhedor e de olho no futuro. Já o seu oponente, Rafael Brito, até se oferece no acesso à mídia, mas no meio de imprensa é considerado um “chato”.

Nem... nem


O governador Paulo Dantas nunca quis o nome de Rafael Brito como candidato a prefeito de Maceió. Na intimidade palaciana fez ver que o ex-prefeito Rui Palmeira seria um nome mais competitivo, no que estava certíssimo. Foi voto vencido, pois Renan Calheiros (o qual Guilherme Palmeira não queria nem ver de costas – ele me disse isso), carregado de raiva, vetou, mesmo sabendo da pequenez de seu candidato. Quem acompanhou de perto a campanha dos candidatos palacianos observou que o governador tinha mais animação nas agendas do interior do que na capital.

Conversa de jornalistas

Em sala de redação a prática é sempre uma “posso até perder o amigo, mas a piada jamais”. Essa ouvi e vou contar. O comentário era sobre os marqueteiros da campanha de Rafael Brito. Os programas do horário eleitoral e o astral eram tão ruins, que havia a proposta de mandar a fatura da agência para o comitê de JHC pagar.

Não é o momento

Na guerra dos votos, a eleição de domingo será o termômetro para se mirar o pleito de 2026? Embora para alguns “analistas” isso seja verdade, não bate com a realidade, uma vez que no decorrer de dois anos acontecem uma infinidade de ocorrências que poderão modificar o cenário de hoje ou amanhã. Na dinâmica da política, nas arrumações partidárias e nos interesses de lideranças fortes, não daria para prever o que vai acontecer pelo menos um ano antes das eleições gerais de 2026. Tem muita água pra passar debaixo da ponte e dos arranjos políticos.

Palmeira decide


Depois da lição de uma administração catastrófica, por oito anos de desgoverno e exemplo de total irresponsabilidade, a cidade de Palmeira dos Índios terá a oportunidade de optar por continuar na mesma desgraça de ser considerado um dos piores municípios do estado de Alagoas ou mudar o rumo de sua história. O atual prefeito teve a capacidade de destruir a Cultura, a Saúde, a Educação e todos os valores e tradições locais e, por provocação e maldade, impôs “um poste” (uma sua tia idosa e sem nenhuma instrução ou preparo ou capacidade de gerir uma bodega). Espera-se que o povo tenha juízo dessa vez.

Vitória de Penedo

O prefeito de Penedo, Ronaldo Lopes, ao encerrar sua campanha com um ato que reuniu milhares de pessoas, deu uma mostra da aprovação de sua gestão, que trouxe grandes avanços em todas as áreas da administração e teve plena aceitação da população. Essa aprovação será confirmada neste domingo, quando deverá impor ao seu adversário uma derrota histórica. Ronaldo Lopes renova o seu mandato em janeiro e tem planos concretos para a consolidação de metas que fará a cidade e a zona rural crescerem muito mais, com benefícios locais e o reconhecimento nacional como a cidade histórica, alavancando o seu potencial turístico. Na gaveta já estão muitos projetos que vão surpreender o povo penedense.

Maracutaias do PT


Após a repercussão sobre o “assalto” ao dinheiro do Fundo Partidário do Partido dos Trabalhadores (PT) pelo diretório estadual de Alagoas e a saída do advogado Welton Roberto, um de seus principais quadros, em protesto ao indecente critério de gastos do dinheiro público com familiares da direção regional, a exemplo do filho do presidente Ricardo Barbosa, aparece mais uma “doação”, desta vez no valor de R$ 126.900,00 para o secretário estadual do Meio Ambiente, Gino César. O Ministério Público já tem todas as informações e vai atuar.

Quem gastou ganhou


A luta foi renhida e intensa na busca de votos para vereador em Maceió. Candidatos antes avaliados como eleitos tiveram que correr atrás do prejuízo ao perceberem que iam lhes faltar votos, colocando em perigo suas eleições. Resultado: o preço subiu e os “cadastros” tiveram que ser refeitos e reforçados de dinheiro (e não foi pouco). O candidato que confiar apenas no voto espontâneo corre o risco de perder. A festa foi boa para o eleitor, que não é besta e aderiu a até três cadastros diferentes. Um detalhe: por falta de ação para combater, logo a Justiça Eleitoral vai legalizar a prática ilícita.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


Encontrou algum erro? Entre em contato