colunista

Alari Romariz

Alari Romariz atuou por vários anos no Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa de Alagoas e ganhou notoriedade ao denunciar esquemas de corrupção na folha de pagamento da casa em 1986

Conteúdo Opinativo

A velhinha foi enganada

22/09/2024 - 06:00

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Estou tentando avisar aos meus amigos o golpe de que fui vítima quando tentei comprar um freezer numa grande loja de Maceió. No dia 15 de julho comprei, à vista, um freezer inoxidável Brastemp. O vendedor avisou a meu marido que existia na loja a citada mercadoria e o preço era R$ 4.160,00 (quatro mil, cento e sessenta reais). Foi efetuada a compra e depois de feito o pagamento, o moço foi abrir a caixa do objeto e viu que era diferente do que foi acordado. Era da linha branca e não inoxidável.

Depois de muita conversa, a gerente e o vendedor disseram que viria de São Paulo, dentro de dez dias úteis, o material adquirido. Foi dado o comprovante de pagamento, mas não deram a nota fiscal, sendo informado que a mesma seria entregue com a mercadoria. Que aguardássemos os tais dez dias úteis.

O tempo foi passando e nada da entrega do freezer. Entrávamos em contato com a loja quase que diariamente e nada era resolvido. Sempre que falávamos com o vendedor ou a gerente, surgiam novas histórias. Uma delas é que o caminhão trazendo minha compra sofreu um acidente e a mercadoria foi amassada. Viria, então, outro e seria de melhor qualidade.

Durante algum tempo, pelo WhatsApp, o vendedor argumentava que estava doente, de atestado médico, só trabalharia na segunda-feira e então falaria com a gerente. O tempo passou, já foram decorridos dois meses e nada de a loja entregar o produto.

O primeiro grande erro foi comprar um objeto que não existia na loja e a gerente ter autorizado a transação. Eu fui boba em aceitar tal situação, mas é uma loja grande, com filiais em todo o Brasil, de uma firma que inspira confiança.

Tive muita paciência durante sessenta dias e ainda não comuniquei o fato ao Procon, porque estou fora de Maceió. O vendedor está demorando a responder meus avisos e estou evitando ir à loja para evitar de me aborrecer. Eu e meu marido temos oitenta e três anos e somos hipertensos. Vou conversar com um advogado amigo meu, para me orientar.

Por outro lado, temo que o vendedor e a gerente percam o emprego, pois agiram de má fé, comercializando um artigo que não existia na loja. Mas dois meses é muito tempo para um freezer ser entregue e sinto que fui enganada.

A loja foi o Magazine Luiza (Magalu), da Rua do Comércio. Não direi os nomes dos dois empregados para que eles não sejam prejudicados, podendo até ser demitidos. Se alguém puder me ajudar, para que eu não perca mais de quatro mil reais, ficarei grata.

Já comuniquei o caso à Ouvidoria da Magalu, foram pedidos vários comprovantes, mas a encomenda não chegou. Creio que em Maceió não existe ninguém da diretoria, nem mesmo regional, da Magalu e aquela boneca que fala na internet nada resolve.

Amigos, tenham cuidado quando comprarem numa loja e não tocarem no material que está sendo vendido. Caí num golpe! Semana que vem vou entrar em contato com os órgãos de defesa do consumidor e, se precisar, irei à polícia. Sou tão sabida, mas fui enganada por dois jovens mais sabidos do que eu!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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