colunista

Roberto Baia

Formado em Jornalismo pela UFAL em 1987, também é radialista. Trabalhou nos extintos Jornal de Alagoas e Tribuna de Alagoas.

Conteúdo Opinativo

Sem aviso

25/10/2025 - 06:00
Atualização: 24/10/2025 - 19:29
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O prefeito de Craíbas, Teófilo Pereira (PP), reduziu em mais de R$ 100 mil o repasse mensal destinado à Câmara de Vereadores. O valor, que deveria ser de R$ 469 mil, teve uma diminuição de R$ 108 mil sem aviso prévio. O corte, considerado inconstitucional por vereadores, gerou forte insatisfação no Legislativo e elevou o tom das críticas ao Executivo municipal.

Retaliação política


Parlamentares interpretaram a medida como resposta direta à rejeição de projetos apresentados pelo prefeito, entre eles o PL 18/2025, que solicitava crédito especial de R$ 2,3 milhões oriundos da mineração. A proposta foi barrada por ampla maioria. Outro projeto, o PL 12/2025, que tratava da aplicação de recursos da Saúde, também não avançou após vereadores apontarem falhas nas informações apresentadas.

Crise institucional


Com o corte no duodécimo, a relação entre os poderes entrou em colapso. Vereadores planejam recorrer a órgãos de controle para apurar a legalidade da decisão e garantir a autonomia financeira do Legislativo. Nos bastidores, a avaliação é de que o embate entre Executivo e Câmara ameaça a governabilidade e expõe uma das piores crises políticas da história recente de Craíbas.

Vidas em risco


O deputado estadual Antônio Albuquerque denunciou a falta de um tomógrafo em funcionamento na Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca, prejudicando o atendimento a vítimas de traumas. Médicos e servidores vivem em constante ansiedade, sem poder realizar exames essenciais em pacientes graves, colocando vidas em risco.

Recursos desperdiçados


Albuquerque destacou que R$ 22 milhões, destinados por seu filho, ex-deputado Nivaldo Albuquerque, para fortalecer o sistema de trauma, foram devolvidos ao Ministério da Saúde por falta de aplicação. Ele cobrou ação imediata do governador Paulo Dantas e da Secretaria de Saúde, alertando que a população do interior depende da unidade para atendimento emergencial adequado.

Concurso em Traipu


O Ministério Público de Alagoas (MPAL) recomendou à Prefeitura de Traipu que inicie, em até 90 dias, os procedimentos para a realização de um concurso público voltado ao provimento de cargos efetivos. O prefeito Lucas Santos deve adotar todas as medidas necessárias para garantir que o certame seja realizado de forma organizada e transparente, assegurando a legalidade na ocupação dos cargos públicos.

Prazo estabelecido


O documento do MP define um prazo de 90 dias para que a administração municipal organize todos os trâmites do concurso, incluindo planejamento, elaboração do edital, contratação da banca organizadora e previsão orçamentária para a nomeação dos aprovados. A recomendação também orienta a substituição de servidores temporários ou comissionados que ocupam funções típicas de cargos efetivos sem concurso.

Transparência e segurança


O promotor de Justiça Bruno de Souza Martins Baptista, coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, reforça que a medida busca evitar irregularidades e reforçar os princípios constitucionais da legalidade, moralidade e impessoalidade na gestão municipal. A Prefeitura deve enviar informações detalhadas ao MP sobre o cronograma, os atos preparatórios e as ações adotadas para atender à recomendação, garantindo transparência e segurança jurídica no processo.

Caso Katharina


A Justiça de Alagoas decidiu revogar a prisão de Florival, pai de Maria Katharina, a menina de 10 anos encontrada morta em um estábulo em Palmeira dos Índios em 2024. Com a decisão, ele passará a responder ao processo em liberdade, mediante o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de contato com familiares, permanecendo sob acompanhamento judicial.

Acusações graves


Florival estava preso desde dezembro do ano passado, acusado de maus-tratos que, de acordo com a investigação, poderiam ter contribuído para o suicídio da filha. O caso segue em andamento, com apuração detalhada das circunstâncias que envolveram a morte da menina e o papel da família no episódio.

Liberdade provisória


A liberdade provisória reacende o debate sobre proteção infantil e responsabilidade familiar, enquanto a população de Palmeira dos Índios acompanha atentamente os desdobramentos. As autoridades reforçam que todas as medidas de proteção e fiscalização continuam em vigor para garantir segurança à família e esclarecer plenamente os fatos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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