Sem aviso
O prefeito de Craíbas, Teófilo Pereira (PP), reduziu em mais de R$ 100 mil o repasse mensal destinado à Câmara de Vereadores. O valor, que deveria ser de R$ 469 mil, teve uma diminuição de R$ 108 mil sem aviso prévio. O corte, considerado inconstitucional por vereadores, gerou forte insatisfação no Legislativo e elevou o tom das críticas ao Executivo municipal.
Retaliação política
Parlamentares interpretaram a medida como resposta direta à rejeição de projetos apresentados pelo prefeito, entre eles o PL 18/2025, que solicitava crédito especial de R$ 2,3 milhões oriundos da mineração. A proposta foi barrada por ampla maioria. Outro projeto, o PL 12/2025, que tratava da aplicação de recursos da Saúde, também não avançou após vereadores apontarem falhas nas informações apresentadas.
Crise institucional
Com o corte no duodécimo, a relação entre os poderes entrou em colapso. Vereadores planejam recorrer a órgãos de controle para apurar a legalidade da decisão e garantir a autonomia financeira do Legislativo. Nos bastidores, a avaliação é de que o embate entre Executivo e Câmara ameaça a governabilidade e expõe uma das piores crises políticas da história recente de Craíbas.
Vidas em risco
O deputado estadual Antônio Albuquerque denunciou a falta de um tomógrafo em funcionamento na Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca, prejudicando o atendimento a vítimas de traumas. Médicos e servidores vivem em constante ansiedade, sem poder realizar exames essenciais em pacientes graves, colocando vidas em risco.
Recursos desperdiçados
Albuquerque destacou que R$ 22 milhões, destinados por seu filho, ex-deputado Nivaldo Albuquerque, para fortalecer o sistema de trauma, foram devolvidos ao Ministério da Saúde por falta de aplicação. Ele cobrou ação imediata do governador Paulo Dantas e da Secretaria de Saúde, alertando que a população do interior depende da unidade para atendimento emergencial adequado.
Concurso em Traipu
O Ministério Público de Alagoas (MPAL) recomendou à Prefeitura de Traipu que inicie, em até 90 dias, os procedimentos para a realização de um concurso público voltado ao provimento de cargos efetivos. O prefeito Lucas Santos deve adotar todas as medidas necessárias para garantir que o certame seja realizado de forma organizada e transparente, assegurando a legalidade na ocupação dos cargos públicos.
Prazo estabelecido
O documento do MP define um prazo de 90 dias para que a administração municipal organize todos os trâmites do concurso, incluindo planejamento, elaboração do edital, contratação da banca organizadora e previsão orçamentária para a nomeação dos aprovados. A recomendação também orienta a substituição de servidores temporários ou comissionados que ocupam funções típicas de cargos efetivos sem concurso.
Transparência e segurança
O promotor de Justiça Bruno de Souza Martins Baptista, coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, reforça que a medida busca evitar irregularidades e reforçar os princípios constitucionais da legalidade, moralidade e impessoalidade na gestão municipal. A Prefeitura deve enviar informações detalhadas ao MP sobre o cronograma, os atos preparatórios e as ações adotadas para atender à recomendação, garantindo transparência e segurança jurídica no processo.
Caso Katharina
A Justiça de Alagoas decidiu revogar a prisão de Florival, pai de Maria Katharina, a menina de 10 anos encontrada morta em um estábulo em Palmeira dos Índios em 2024. Com a decisão, ele passará a responder ao processo em liberdade, mediante o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de contato com familiares, permanecendo sob acompanhamento judicial.
Acusações graves
Florival estava preso desde dezembro do ano passado, acusado de maus-tratos que, de acordo com a investigação, poderiam ter contribuído para o suicídio da filha. O caso segue em andamento, com apuração detalhada das circunstâncias que envolveram a morte da menina e o papel da família no episódio.
Liberdade provisória
A liberdade provisória reacende o debate sobre proteção infantil e responsabilidade familiar, enquanto a população de Palmeira dos Índios acompanha atentamente os desdobramentos. As autoridades reforçam que todas as medidas de proteção e fiscalização continuam em vigor para garantir segurança à família e esclarecer plenamente os fatos.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA



