Viagem de recordações

Resolvemos ir a Brasília para o aniversário de tia Dora, a matrona da família, ainda viva, com 96 anos. Chegamos lá no dia 1° de maio e fomos recebidos por vários primos na casa de Marize, no Lago Sul. Uma festa! Gargalhadas, histórias antigas, novos membros da família, três horas de muita alegria. De lá saímos no fim da tarde, satisfeitos da vida.

A semana foi intensa! Amigos, parentes ligando marcando encontros. Fomos eu, Rubião e Ana Raquel, nossa caçula. Na quinta-feira, jantamos com Adriana Lira, colega de nossa filha no Colégio Sacramento, em Maceió. Não se viam há trinta e cinco anos. Noite maravilhosa no Lago Norte, numa bela casa, altos papos com pessoas finas.

Na sexta-feira, houve outra reunião na casa de João e Márcia, no Lago Sul. Mais parentes e amigos e a tia Dora entre nós. Levamos Karlinha e Sônia, sobrinha e cunhada residentes em Brasília. Difícil de dizer como foi uma boa noite na casa de primos amigos. Só Deus saberá julgar tal encontro!

No sábado almoçamos num restaurante libanês, com Rose e Mounir, primos amigos. Ele fez questão de explicar a comida de seu país. E lá vamos nós provar a nova comida e os doces saborosos. Boas conversas, algumas religiosas. Mounir nos agradeceu por sermos generosos com a família dele e ficou orgulhoso com o sucesso do restaurante.

De noite, fomos jantar com os filhos de Sabino, meu irmão. Desta vez, comida chinesa num local muito bom. Novamente, papos alegres, lembranças da infância dos sobrinhos e recordações de meu irmão falecido. Noite maravilhosa!

Chegou o domingo! Dia dos amigos do Exército brasileiro. Fomos à missa com Célia e Cleiton, colega de Rubião desde a Escola Preparatória de Fortaleza em 1956, na Igreja de Santo Expedito, da Capelania Militar. Revemos velhos amigos. Depois almoçamos na Churrascaria Don Dorico, nas proximidades. Finalizamos a tarde com café e bolo no apartamento de Célia. Tudo muito bom!

Segunda-feira foi o dia do Valdir Belisário e nossa querida amiga Nazaré. Lá estavam Daltro e Erotildes, outros queridos amigos, casal muito católico. Fotos, gargalhadas, tristezas, pois as três mulheres perderam filhos e choraram suas mágoas. Um bom almoço com filé e saladas. Sucesso na sobremesa: cocada de coco ralado e coco queimado. A tarde foi curta para tantas lembranças.

Estou escrevendo este artigo na terça-feira, 7 de maio, às quatorze horas. Teremos um fim de tarde com 15 casais amigos de meu marido. São generais e coronéis formados em 1961 na Aman. Para nós são amigos de mais de sessenta anos, tios de coração de nossos filhos.

A família Romariz de Brasília é constituída da esposa e filhos de meu tio José, irmão de meu pai, João. Os dois eram muito unidos e se ajudaram durante a vida toda. Morreram cedo, deixando oito filhos cada um, que são primos queridos.

A noite do dia 7 de maio será o encerramento do aniversário da tia Dora, com um coquetel em seu apartamento. Nova reunião em família, com alegria e recordações. Vai ser muito bom!

Plantamos e colhemos! Estamos na hora da colheita. Revendo primos e amigos, todos nos receberam com fidalguia em bons ambientes, agradecendo sempre por termos vindo. Entre os oficiais de 1961, alguns já se foram, outros estão doentes, alguns viúvos, mas a maioria fará um sacrifício para ir ao Restaurante Bellini abraçar Alari e Rubião, nordestinos queridos que se preocupam em reunir os irmãos em vários estados do Brasil por onde passam.

Agradecemos à parte da família Romariz que nos ama há dezenas de anos. Somos muito gratos aos companheiros de Rubião e esposas que se tornaram nossos irmãos do coração e nos prestigiaram numa memorável tarde brasiliense. Que Deus nos abençoe por tudo que plantamos e hoje estamos colhendo. Ele existe. Não duvidem!banner