colunista

Alari Romariz

Alari Romariz atuou por vários anos no Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa de Alagoas e ganhou notoriedade ao denunciar esquemas de corrupção na folha de pagamento da casa em 1986

Conteúdo Opinativo

Política no Brasil

29/09/2024 - 06:00

ACESSIBILIDADE


Estamos em período eleitoral. Parece até programa cômico de TV. Os candidatos se agridem, xingam uns aos outros. Não apresentam programa de governo.

Em Maceió, como o candidato à prefeitura é o JHC, primeiro nas pesquisas, a guerra é contra ele. Um grupo de oposição chegou na porta dele gritando, chamando por ele com palavras chulas, negativas. Vimos pela TV uma cena deprimente e não sabemos se houve punição.

É preciso salientar que o atual prefeito fez um bom governo e, pelo menos, começou a obra de despoluição do Riacho Salgadinho. Vários gestores passaram pela prefeitura e não corrigiram um problema crônico, existente há mais de quarenta anos. O JHC cometeu alguns erros, mas o resultado de sua administração é positivo.

Não adianta gritar, espernear, pois o atual prefeito deve ganhar as eleições.

No Brasil nada é diferente. Um bom exemplo é São Paulo. Até cadeirada já surgiu. Um candidato à prefeitura, radialista conhecido, perdeu o controle e jogou uma cadeira em um dos concorrentes em pleno debate. Dias depois, dois assessores de candidatos ao governo municipal brigaram, agrediram-se mutuamente e o caso foi parar na Delegacia de Polícia. Tudo isso diante das câmeras de TV. Escândalos!

E a briga continua... Os candidatos só gritam e nada apresentam. Pelas pesquisas, o quadro de São Paulo está embolado. Ainda não há condições de dizer quem vai ser o novo prefeito. Um deles já foi expulso de um debate por causa de comportamento inadequado. Nem parece que são homens civilizados.

Na cidade do Rio de Janeiro, o quadro é complicado. Possivelmente vencerá o atual prefeito. Mas os ataques são grandes, os xingamentos são muitos. Nossa Heloísa Helena é candidata a vereadora em terras fluminenses. Não acredito que ela vença por causa da legenda, mas ficará mais conhecida. Se o carioca soubesse quem ela é, com certeza seria eleita.

O Rio de Janeiro é uma cidade complexa, cheia de milícias, de traficantes, gangues de assaltantes, de policiais agressivos. Passei lá na segunda semana deste mês. Não pudemos andar pelas ruas da cidade tranquilamente.

Não posso deixar de falar em Paripueira. As eleições não são tão calmas assim. O atual prefeito é candidato à reeleição pela quarta vez. Conseguiu levar para seu lado político a maioria dos vereadores e tem grande chance de sair vencedor no pleito.

A cidade melhorou muito. Levou um banho de asfalto, mas as ruas já têm buracos por conta de obras sem drenagem antecipada, em dimensões adequadas. A saúde melhorou, mas a educação nem tanto.

O atual prefeito é um pequeno ditador. Quem não reza em sua cartilha é alijado. Servidores da Prefeitura que o criticarem são demitidos. Entretanto, acho que o saldo de suas três gestões é positivo. Fez a filha deputada estadual e dizem que fez as pazes com seu grande inimigo do lado Norte de Alagoas.

Enfim, nossa pequena cidade litorânea, com altos e baixos, vai quase bem.

Acompanho as eleições pela mídia e vejo brigas e agressões pelo Brasil inteiro. Poucos candidatos dizem o que vão fazer. Só criticam os opositores e brigam, brigam, brigam...

Os dois Renans apoiaram em Maceió um candidato ex-secretário do governo anterior. Também é adepto de brigas e críticas a JHC. No entanto, nada fez por nossa capital. É amigo de Renanzinho e diz que já fez muito pelo estado.

Como eleições no Brasil significa dinheiro, quem não entrar no sistema do Fundo Partidário tem poucas chances de vitória. Parece que o eleitor está mais sabido do que o candidato.

A única verdade nessa época do ano é a seguinte: acabou o idealismo, ganhou o dinheiro.

Triste realidade!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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