colunista

Alari Romariz

Alari Romariz atuou por vários anos no Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa de Alagoas e ganhou notoriedade ao denunciar esquemas de corrupção na folha de pagamento da casa em 1986

Conteúdo Opinativo

Obrigada, padre Lídio

12/01/2025 - 06:00
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Em novembro de 2016, uma amiga me ligou, perguntando se eu poderia receber em minha casa o novo pároco de Paripueira. Claro, respondi. E assim aconteceu poucos dias depois. Tivemos o prazer de receber o Padre Lídio, que se tornou nosso amigo.

Em vinte e um do mesmo mês, o novo pároco celebrou sua primeira Missa na pequena Igreja de Santo Amaro. Passamos então a conhecê-lo melhor.

Nascido em 17 de setembro de 1971, em Palmeira dos Índios – AL, o moço foi batizado na Catedral de Nossa Senhora do Amparo, na mesma cidade. O palmeirense foi diácono ainda em sua cidade, em 2002, e no mesmo ano, em dezembro, foi ordenado padre, em Palmas, capital do Estado de Tocantins, na Paróquia de São Judas Tadeu. Finalmente, em 2016, o recebemos aqui, em Paripueira, como nosso pároco.

Assim que chegou, fez uma visita à Prefeitura Municipal de nossa cidade. Nem sempre conseguiu manter um bom relacionamento com o Prefeito, mas foi superando os obstáculos e obteve algo, aqui e acolá.

A Igreja de Santo Amaro era pequenina e de difícil manutenção. O Padre Lídio, que é arquiteto, aos poucos e com dificuldade foi transformando a nossa matriz. Está linda! Quem a viu antes de 2016 e a vê hoje, fica encantado.

O trabalho pastoral do moço palmeirense é frutífero. Percorre as comunidades urbanas e rurais, visita os doentes, desenvolve um bonito projeto com os jovens. É querido pelo povo da Paripueira, conseguindo ajuda com a maioria de seus paroquianos.

As Missas são muito concorridas; ele é esclarecido, fala bem, atinge o objetivo: comunicar-se com seus ouvintes, na Igreja e no YouTube.

Paripueira é uma cidade pequena, litorânea, mas devido à sua proximidade de Maceió, abriga a população nativa e os “veranistas”, assim conhecidos como os membros daquelas famílias que possuem casa de veraneio na cidade e aqui habitam quase todos fins de semana. Recebe também turistas durante boa parte do ano.

A Festa de Santo Amaro, de 6 a 15 de janeiro, atrai devotos de outros municípios, faz a população crescer muito. O Padre Lídio organiza bem o período festivo, traz padres visitantes e faz do evento momentos alegres para visitantes e seus paroquianos.

Desde que aqui chegou, o Padre Lídio, ao celebrar a Missa, durante a comunhão, abençoa as pessoas que não estão preparadas para comungar. Na Festa de Santo Amaro, vejo tais pessoas na fila da Primeira Comunhão. Fico emocionada!

No mês de dezembro, nosso pároco seleciona crianças pobres, colocando seus nomes numa grande árvore de Natal. Nós, da comunidade, escolhemos alguns desses nomes, compramos seus presentes, que são entregues a estas crianças na tarde do dia 23, numa festinha com a presença de um Papai Noel e a distribuição de bolos, refrigerantes e outras guloseimas.

Certa vez, viajamos e sumimos da Igreja. Num domingo, o Padre Lídio apareceu em nossa casa para nos dar a comunhão. Lindo gesto!

Queremos agradecer a Deus por ter colocado em nossa comunidade um padre inteligente, bondoso e sensitivo.

Que ele demore bastante por aqui e continue semeando o bem!

Obrigada, Padre Lídio.

Paripueirense há 27 anos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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